Problemas na Gestão do DSEI Médio Rio Purus
A região do DSEI Médio Rio Purus tem enfrentado uma série de dificuldades, com denúncias graves de má gestão, assédios, perseguições e demissões sem avaliação prévia dos profissionais. A mudança na coordenação não trouxe melhorias para os povos Indígenas na região. Novas acusações surgiram ao longo desse tempo, incluindo assédio moral e sexual, perseguição e ameaça aos profissionais, e demissões que culminaram em ações na justiça do trabalho, incluindo ingerência administrativa, na qual o coordenador tem tomado decisões sobre demicoes em prestadores de serviço contratados por empresas terceirizadas.
Muitos são os relatos sobre a falta de medicamentos e o descaso com a logística indígena, o que têm levado a um cenário de calamidade, deixando os povos indígenas desassistidos. Os números de óbitos estão crescendo e a população indígena padece de acompanhamento adequado e respeito.
O prefeito Gean de Barros, luta para manter o coordenador atual, visando o aluguel de um prédio de sua propriedade por mais de 60 mil reais mensais, conforme proposta de minuta 02/2024, emitida pelo Dsei.
A situação é agravada pelo fato de que o prefeito já aluga um prédio para a CASAI por 22 mil reais, que atende à saúde indígena. O novo aluguel é destinado à sede administrativa do DSEI Médio Purus em Lábrea, atualmente instalada em um prédio do Empresario Francisco Damasceno por 17 mil reais, ou seja, 3,5 vezes o valor menor que a proposta do prefeito Gean de Barros. As tentativas do prefeito de manter o coordenador no cargo têm prejudicado os povos indígenas, com o gestor demonstrando pouco interesse no bem-estar das comunidades.
Se o novo contrato se concretizar, o prefeito Gean de Barros ficará com dois contratos de aluguel com o DSEI Médio Rio Purus: um no valor de mais de 22 mil reais, já locado para funcionar a CASAI Lábrea, e outro no valor de mais de 69 mil reais, que está em processo de locação, somando mais de 80 mil reais. Isso onerará em 56 mil reais por mês os contratos de aluguéis para funcionar a saúde indígena em Lábrea, considerando que o contrato anterior da CASAI tinha o valor de 12 mil reais e o da sede administrativa do DSEI tem o contrato firmado em pouco mais de 17 mil reais.
Incidentes como a denúncia da cônjuge do gestor, que o flagrou em situação comprometedora com uma servidora, só intensificam a crise na administração do DSEI Médio Purus.
Além disso, há denúncias de uso inadequado do contrato para remoção e resgate de urgência e emergência em território indígena. Esses serviços, destinados à saúde indígena, estão sendo utilizados para fins políticos, transportando passageiros aliados do prefeito, filhos de vereadores e até mesmo o próprio prefeito de Lábrea. Esses voos, que custam mais de 57 mil reais, estão sendo desviados de sua finalidade original, comprometendo os recursos destinados à saúde indígena e deixando os povos indígenas desassistidos.