Omar Aziz

Omar Aziz deve receber apoio de 8 a 10 partidos a sua candidatura a governador

Além do seu PSD, o senador deve contar com o Avante, MDB, Republicanos, PSDB, PT, PSB e demais partidos de centro esquerda

O senador Omar Aziz (PSD-AM) já tem pelo menos, entre 8 e 10 partidos fortes, com representação e peso político nacional para lhe apoiar nas eleições de 2026 em que busca voltar ao Governo do Estado.

Mesmo com desempenho satisfatório nas pesquisas eleitorais, em que venceria hoje qualquer cenário eleitoral, com forte apelo no interior do estado, Aziz já começa a costurar as alianças para pleito do ano que vem.

Além do seu partido, o PSD, que conta com dois deputados federais, com grande capilaridade no interior – Átila Lins e Sidney Leite – Omar Aziz está praticamente fechado com o Avante, do prefeito de Manaus, Davi Almeida.

Isso porque o partido e o próprio prefeito estão em via de ter o nome da médica Fernanda Aryel como a candidata a vice-governadora da chapa de Aziz.

Com essa união, praticamente selada, o candidato do PSD terá um cabo eleitoral que terá R$ 12 bilhões em caixa – orçamento da Prefeitura de Manaus para 2026.

Outro partido de peso é o MDB, do senador Eduardo Braga, que também vai bem nas pesquisas eleitorais com destaque nos municípios amazonenses.

Do mesmo modo, estão praticamente certos, que marcharão ao lado de Omar Aziz: o PT, de Lula da Silva, do deputado Sinésio Campos e outras lideranças locais. Nessa “cesta da esquerda” também entram o PCdoB, PDT e o PSB, de Serafim Corrêa.

PSB deixando o governo

O caso do atual secretário estadual de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) é emblemático. Isso porque o PSB, de Serafim Correa já decidiu em âmbito nacional que vai apoiar a chapa Lula-Alckmin na reeleição.

Por outro lado, o governador Wilson Lima e o seu partido, o União Brasil, tanto em âmbito local quanto nacional devem ficar de fora do apoio à reeleição de Lula.

Com isso, Serafim Corrêa, anunciado pré-candidato a deputado federal, e o seu PSB devem deixar a Sedecti até março de 2026, data final para desincompatibilização eleitoral, prevista em lei.

Logo, o partido socialista e sua maior liderança devem entrar na chapa de apoio a Omar Aziz, governador.

Republicanos nos dois lados

Agora, quem estará dividido nas eleições do ano que vem é partido Republicano, comandado no estado pelo deputado federal Silas Câmara.

Tal divisão ocorre por conta de dois anúncios que o deputado-pastor fez diante de sua igreja, a Assembleia de Deus: o Republicanos vai apoiar o senador Omar Aziz para governador e Wilson Lima para o Senado.

É bom lembrar que, em âmbito nacional, o Republicanos, o Progressistas o e União Brasil, já desembarcaram da Esplanada e do apoio ao governo do presidente Lula.

Essas três principais siglas do Centrão estão articulando um nome da direita – nesse caso o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) – com o apoio do PL, do ex-presidente, agora condenado da Justiça, Jair Bolsonaro.

Tucanos flertam Omar

Ainda nesse campo da centro-direita, Aziz poderá contar com o PSDB, do senador Plínio Valério. Candidatíssimo à reeleição, com trabalho voltado para “segundo voto”, o tucano é amigo pessoal do senador do PSD, candidato ao governo.

No entanto, é mais que arquiadversário do PT e do presidente Lula, principalmente em âmbito estadual. Assim, o PSDB, de Plínio Valério deverá apoiar, em âmbito nacional, o candidato da direta a presidente da República e Omar Aziz a governador do Amazonas.

União Brasil sem a cabeça

Já o União Brasil, do governador Wilson Lima, candidato ao Senado, não deverá ter candidato ao Governo do Estado. Sua chapa de senador ficará “sem cabeça”, como se costumar de dizer no jargão eleitoral. Pessoalmente Lima deverá apoiar a candidatura de direita, já que ele persegue os votos dessa ala conservadora, evangélica, ligada ao ex-presidente Bolsonaro.

Porém, ele disputa esse nicho eleitoral forte com o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM), segundo melhor nas pesquisas para uma das duas vagas ao Senado.

Apoios nas casas legislativas

Por fim, verificando as casas legislativas, pode-se analisar o quão forte estão esses grupos políticos a apoiar as principais candidaturas majoritárias em 2026.

Na Câmara dos Deputados, o PSD, de Omar Aziz, conta com dois deputados federais (Átila Lins e Sidney Leire) e outros dois do Republicanos (Silas Câmara e Adail Filho).

Já o União Brasil tem hoje três deputados federais, mas somente Fausto Jr deverá permanecer na legenda. Pauderney Avelino e Saullo Vianna devem migrar para outras legendas até março do ano que vem.

Na Assembleia Legislativa do Amazonas, o grupo de partidos que deverá apoiar o senador Omar Aziz, para governador do Amazonas, é composto por cerca de 40% dos deputados estaduais.

Esses parlamentares – Avante, Republicanos, PT e outros – deverão buscar a reeleição no ano que vem.

Na mesma proporção de 40% – União Brasil e Podemos – fica o grupo de apoio ao governador Wilson Lima, ao Senado, e a quem ele indicar para o governo do Estado.

No entanto, toda essa dinâmica de apoios e alianças só vão se confirmar mesmo após as convenções partidárias previstas para acontecer entre 20 de julho e 5 de agosto de 2026.

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