‘Diaba Loira’ é morta durante guerra de facção; Assista
Eweline Passos Rodrigues, conhecida por ostentar armas e desafiar autoridades, foi assassinada no Morro do Fubá após troca de facção e ameaças de morte.
Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida nas redes sociais como Diaba Loira, foi morta nesta sexta-feira (15) durante um intenso tiroteio entre facções criminosas no Morro do Fubá, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Natural de Santa Catarina, ela ganhou notoriedade ao exibir armas de grosso calibre e desafiar as autoridades em vídeos e publicações na internet.
Nos últimos meses, a Diaba Loira havia sido vista em operações policiais na Gardênia Azul, onde chegou a trocar tiros com agentes da Polícia Militar.
Frequentemente, ela desafiava os rivais de sua antiga facção, alegando que os traficantes do CV eram despreparados e que, por isso, ela não tinha medo da morte.
Procurada pela Polícia Civil por tráfico de drogas, Eweline estava sob investigação e enfrentava diversas ameaças de morte. Segundo fontes, a motivação para o assassinato estaria ligada à sua mudança de grupo criminoso, o que teria provocado um conflito interno entre facções rivais.
O tiroteio que resultou na morte de Eweline fez parte de uma escalada de violência na região, que vem registrando disputas acirradas pelo controle do tráfico.
A Polícia Civil segue investigando o caso, buscando esclarecer as circunstâncias do crime e identificar responsáveis envolvidos.
Quem era “Diaba Loira”
O nome de Eweline, mais conhecida como “Diaba Loira”, vinha circulando entre os setores de inteligência da Polícia Militar de Santa Catarina e forças de segurança do Rio de Janeiro há meses. Nas redes sociais, ela exibia um estilo de vida perigoso, ostentando fuzis, pistolas e símbolos do poder do crime organizado. Mas sua trajetória, segundo investigações, começou a mudar drasticamente após sobreviver a uma tentativa de feminicídio.
O episódio que teria marcado sua virada para o submundo ocorreu em 2022, no município catarinense de Capivari de Baixo. Naquele dia, Eweline foi à casa do ex-marido buscar o filho e acabou atacada com uma facada no tórax, que perfurou seu pulmão e a levou à mesa de cirurgia. O agressor, segundo a polícia, afirmou ter descoberto traição e uso indevido de dinheiro que enviava para ser guardado. Já naquela época, investigadores suspeitavam que ela mantinha laços com traficantes, mas não havia provas concretas.
Após o crime, Eweline passou a ser monitorada pela Polícia Civil de Tubarão, que investigava seu envolvimento com o tráfico. A primeira prisão veio em maio de 2023, quando foi flagrada, junto de outros criminosos, a caminho de executar um desafeto de facção. No início de 2024, ocorreu a segunda detenção: ela e um comparsa foram presos com armas e drogas, novamente com indícios de que se deslocavam para cometer um homicídio.
Apesar das acusações, Eweline chegou a ganhar liberdade provisória. Pouco depois, a Justiça acatou novo pedido de prisão feito pelo delegado Pereira, mas a criminosa já havia desaparecido.
Foragida, ela deixou Santa Catarina e encontrou refúgio em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, no Rio de Janeiro. Primeiro, abrigou-se no Complexo do Alemão, na Zona Norte; depois, mudou-se para a Gardênia Azul, na Zona Oeste, locais conhecidos por forte presença armada e difícil acesso policial.
A história da “Diaba Loira” virou prioridade para as forças de segurança, que agora atuam em conjunto para tentar capturar a criminosa.