Manaus recebe delegação de 16 países para conhecer programas de alimentação escolar na Amazônia
De 18 a 21 de agosto, Manaus será palco de uma missão técnica internacional sobre alimentação escolar, reunindo representantes de 16 países da América Latina e do Caribe. O objetivo é promover intercâmbio de experiências e fortalecer programas voltados para a nutrição de estudantes no contexto amazônico.
A iniciativa é organizada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com apoio da Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed), da Secretaria de Estado da Educação do Amazonas (Seduc) e do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Participam representantes de Belize, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Paraguai, República Dominicana, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Suriname e Uruguai, membros da Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES). Criada em 2018 pelo Brasil com apoio da FAO, a RAES visa consolidar programas de alimentação escolar na América Latina e no Caribe.
A agenda inclui visitas a escolas e creches de Manaus, ao centro de distribuição de alimentos da Semed, à Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Projeto de Assentamento Tarumã (COPASA) e encontros com agricultores indígenas. Os participantes também conhecerão iniciativas como a Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM) e experiências de alimentação escolar nos municípios de Presidente Figueiredo e Tonantins, que priorizam produtos da agricultura familiar.
Segundo dados recentes da ONU, a América Latina e o Caribe registraram redução da fome e da insegurança alimentar nos últimos três anos, com destaque para programas de alimentação escolar, que atendem 85 milhões de estudantes na região e mais de 40 milhões no Brasil. Além de garantir refeições nutritivas, essas iniciativas fortalecem a agricultura familiar, estimulam hábitos alimentares saudáveis e promovem impactos sociais positivos que vão além das salas de aula.
