Polícia

Homem pega 30 anos de cadeia por dar est0cadas na ex e incendiar o c0rpo dela no Amazonas

Ualas dos Santos, de 40 anos de idade, foi condenado a 30 anos e quatro meses de prisão em julgamento realizado pela Vara Única da Comarca de Presidente Figueiredo (distante 110 quilômetros de Manaus), na última quinta-feira (24/7). Ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado (feminicídio) contra a ex-companheira Rosilane da Silva Santos e também de tentar matar o enteado de 14 anos, na madrugada do dia 26 de setembro de 2022.

Após ouvir as testemunhas, Ualas dos Santos, que está preso em Manaus e acompanhou todo o julgamento por videoconferência, respondeu somente as perguntas da sua defesa e confessou o crime apenas em relação à ex-companheira. Sobre o enteado, disse que não teve intenção de tentativa de homicídio. Nos debates a representante do Ministério Público pediu a condenação de acordo com a denúncia. Já a defesa pleiteou a desclassificação do crime de feminicídio para homicídio qualificado e lesão corporal.

Condenação

Com a condenação de 30 anos e quatro meses de prisão a magistrada determinou o imediato cumprimento provisório da pena até o trânsito em julgado da sentença. Da sentença ainda cabe recurso.

De acordo com a investigação, inserida no processo, Rosilane morava em Presidente Figueiredo e foi morta com diversos golpes de faca. Ualas foi acusado de também provocar um incêndio no local, que deixou 65% do corpo da ex-companheira queimado. Ela chegou a ser transferida em estado grave para o Hospital 28 de Agosto, em Manaus, mas acabou morrendo no dia 14 de outubro do mesmo ano.

Ainda conforme os autos, o crime teria sido motivado por ciúme, já que ela estaria se relacionando com outra pessoa.

A sessão de julgamento popular foi presidida pela juíza de Direito Tamires Gualberto Figueiredo, titular da Vara Única da Comarca; o Ministério Público do Amazonas foi representado pela promotora de Justiça Fábia Melo Barbosa de Oliveira. O réu teve em sua defesa os advogados Alex de Souza Cabral, Francisco Burgin da Cunha e José Ricardo Alves Gonçalves.

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