Após caso de professor pedófilo em creche, cidade em SC vai instalar câmeras em todas as escolas municipais
Brasil – A cidade de Tijucas, em Santa Catarina, anunciou uma medida drástica para proteger suas crianças após o chocante caso de um professor acusado de pedofilia em uma creche pública de Florianópolis. A prefeitura, sob o comando do prefeito Maickon Sgrott, decidiu instalar câmeras de segurança em todas as salas de aula do município, começando pelas creches e escolas de educação infantil.
O objetivo é reforçar a segurança e prevenir abusos, garantindo um ambiente escolar mais seguro para os alunos. “Nenhuma pauta é mais urgente do que proteger nossas crianças. Casos como o de Florianópolis são inaceitáveis e não terão espaço em Tijucas. Nosso compromisso é com a segurança e a dignidade da infância”, declarou o prefeito Sgrott.
O anúncio oficial será feito pelo prefeito em exercício, vereador Cláudio Eduardo de Souza, conforme solicitação de Sgrott, que na quinta-feira (3) estava em Joaçaba viabilizando R$ 12 milhões para pavimentação de estradas rurais por meio do programa estadual Estrada Boa Rural, ao lado do governador Jorginho Mello.O caso que chocou Santa CatarinaA decisão de Tijucas vem na esteira de um caso perturbador na capital catarinense. Caso Allec Sander de Oliveira Ribeiro, um auxiliar de sala de 34 anos, foi preso preventivamente acusado de produzir e armazenar pornografia infantil dentro de uma creche pública em Florianópolis. As investigações revelaram que parte do material criminoso foi gerado na própria sala de aula, onde ele trabalhava com crianças de 4 a 6 anos. Pelo menos seis vítimas já foram identificadas, e a Polícia Civil estima que o número de arquivos ilícitos apreendidos supere 10 mil.
Allec deve responder por crimes de pornografia infantil e estupro de vulnerável.O caso ganhou repercussão não apenas pela gravidade dos crimes, mas também pelo contraste entre o comportamento criminoso de Allec e sua imagem pública. Nas redes sociais, ele se apresentava como um defensor de causas progressistas, apoiando a comunidade LGBTQIA+ e campanhas de esquerda, como as de Fernando Haddad e Lula, com postagens entre 2018 e 2019 que incluíam hashtags como #HaddadÉLula e críticas a Jair Bolsonaro.
Em 2019, chegou a compartilhar uma foto com crianças na escola, legendando: “Realmente amo meu trabalho.” Para familiares das vítimas, essa fachada de empatia e engajamento social serviu como um “escudo moral” para encobrir seus atos.“Ele se vendia como uma pessoa carinhosa, preocupada com os mais vulneráveis. Mas fazia exatamente o oposto com as crianças dentro da sala de aula”, desabafou a mãe de uma das vítimas, em declaração que reflete a revolta da comunidade.
A prefeitura de Florianópolis informou que Allec foi afastado em junho, após a primeira denúncia, e que um processo administrativo foi aberto para apurar o caso.


