Agentes da prefeitura seguem com atualização cadastral de usuários do SUS
A Prefeitura de Manaus solicita o apoio da população ao trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no processo contínuo de cadastramento e atualização de dados dos usuários da Atenção Primária à Saúde (APS) no município. Os profissionais, vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizam visitas domiciliares em bairros de todas as zonas da capital, para coletar e registrar informações essenciais sobre as condições de saúde, moradia e perfil socioeconômico das famílias, de modo a subsidiar o planejamento das ações em saúde no território.
A meta da Semsa é alcançar cerca de 1.228.500 cadastros completos e atualizados na base de dados do e-SUS, sistema do Ministério da Saúde voltado à gestão de informações da APS no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho é executado por 363 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), cada uma com o objetivo de cadastrar aproximadamente 3.500 usuários da rede municipal.
A apoiadora técnica da Gerência de Gestão da Atenção Primária (Gegap), Lucilene Alves, destaca que os agentes atuam devidamente identificados, utilizando colete e crachá funcional da Semsa. Ela ressalta que nenhuma informação bancária é solicitada durante as visitas, como número de contas, senhas ou qualquer dado relacionado a transações financeiras.
“As informações são coletadas por meio de duas fichas, uma individual e outra domiciliar e territorial, e incluem dados como nome completo, endereço, país de nascimento, raça/cor, entre outros elementos relacionados ao perfil socioeconômico e de saúde do cidadão”, explica a técnica.
Lucilene reforça que o processo de cadastramento é permanente e integra a estratégia de territorialização da APS, para reconhecimento e mapeamento das condições de vida, saúde e organização social do território. Essa estratégia permite a identificação de vulnerabilidades, o planejamento de ações em saúde com base na realidade local e a qualificação do cuidado prestado à população.
Conforme a técnica, a atualização cadastral, o fortalecimento do vínculo e o acompanhamento sistemático dos usuários são ações estratégicas para a qualificação do cuidado na atenção primária, permitindo identificar com precisão as necessidades da população, planejar ações resolutivas e ampliar o acesso aos serviços.
“Assim, fortalecem-se a longitudinalidade, a integralidade da atenção e a capacidade da gestão municipal de monitorar e avaliar a saúde no território”, complementa.
Registro e tecnologia
A técnica do Gegap, Josilda Souza, informa que o registro das informações coletadas é feito pelos ACS, tanto com o uso de formulários impressos quanto diretamente em smartphones, por meio do aplicativo e-SUS Território, do Ministério da Saúde. Ela destaca que, no início deste ano, a Semsa firmou parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da qual recebeu 400 aparelhos celulares destinados aos agentes comunitários da rede municipal.
“Os profissionais foram capacitados para o uso dos dispositivos e do aplicativo e-SUS Território, o que contribuiu para a qualificação da coleta e inserção dos dados em tempo real, otimizando os processos de registro e monitoramento das informações em saúde”, relata.
Do total de aparelhos distribuídos, 101 foram destinados aos ACS vinculados ao Distrito de Saúde Rural, assegurando cobertura digital integral nas áreas rurais atendidas pela Semsa desde o final de março. A medida leva em conta as características geográficas e logísticas complexas da zona rural de Manaus, que abrange comunidades ribeirinhas e áreas de difícil acesso, onde o deslocamento depende, muitas vezes, de transporte fluvial e longas distâncias.
A utilização dos dispositivos móveis com o aplicativo e-SUS Território, assinala a técnica, fortalece a capacidade dos ACS de atuarem com maior eficiência na coleta de dados em tempo real, ampliando a efetividade das ações de vigilância em saúde, planejamento territorial e resposta às demandas locais.
“Essa inovação representa um avanço estratégico para a redução das desigualdades no acesso à APS entre as populações urbana e rural do município”, conclui.


