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Funcionária diz que foi abusada por patrão advogado dentro de escritório jurídico em Manaus; veja vídeo

Manaus – Marcela Nascimento, ex-recepcionista de um escritório jurídico, acusou o advogado Francisco Charles Garcia Jr. de estupro em um Boletim de Ocorrência registrado no dia 7 de abril na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), em Manaus.

Nesta quarta-feira (16), Marcela compareceu ao 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no Parque das Laranjeiras, zona Centro-Sul, acompanhada da advogada Adriane Magalhães, que convocou a imprensa para dar visibilidade ao caso e rebater a acusação de tentativa de extorsão, sustentada pelo advogado Francisco contra a colega de profissão.

De acordo com informações, Marcela trabalhou por onze meses no escritório de Garcia e relatou que neste período sofreu constrangimentos frequentes, como xingamentos supostamente proferidos pelo advogado. Ela descreveu o ambiente de trabalho como hostil, o que, segundo seu depoimento, a deixava em constante estado de insegurança e medo.

No dia 7 de abril, ao entrar na sala de Garcia para entregar um copo de suco, Marcela afirmou tê-lo encontrado despido, assistindo a vídeos pornográficos, com uma arma e um pó branco na mesa. Conforme seu relato, o advogado supostamente a coagiu a se ajoelhar e praticar sexo oral, ejaculando em seu rosto e ordenando que ela lavasse o rosto e parasse de chorar para evitar suspeitas.

Marcela disse que permaneceu na sala por cerca de 15 minutos, tentando se recompor para que outros colegas não percebessem seu estado emocional. Ela alegou que os supostos assédios começaram em fevereiro do ano passado, quando a esposa do patrão precisou se afastar do escritório para tratar de um câncer. Atualmente, Marcela relata estar em depressão e ter cogitado o suicídio devido aos traumas sofridos.

Ela pediu medidas protetivas, alegando temer por sua segurança. O advogado, por sua vez, nega as acusações e alega que está sofrendo uma tentativa de extorsão.

Defesa de Francisco Charles Garcia Jr Garcia nega as acusações e diz ser vítima de extorsão pela advogada Adriane Magalhães, que, segundo ele, usa Marcela para exigir R$ 500 mil e promover sua candidatura a desembargadora.

Ele afirma ter entregado à Polícia Civil gravações periciadas comprovando a tentativa de extorsão e confia na Justiça para provar sua inocência. “Há cerca de 15 dias venho sendo vítima de extorsão por parte da advogada Adriane Magalhães, que se utiliza de uma ex-funcionária de meu escritório profissional para ganhar dinheiro ilicitamente e alavancar sua candidatura à vaga de Desembargadora reservada à OAB-AM, no Tribunal de Justiça do Amazonas, em futuro próximo.

A colega advogada atua com deslealdade profissional fabricando um escândalo sobre o qual eu e pessoas próximas a mim já vínhamos recebendo ameaças, se eu não pagasse R$-500.000,00 (meio milhão de reais), para silenciar uma suposta vítima de assédio.

Não cedi à extorsão e não cederei à chantagista. Resolvi enfrentar a advogada que se utiliza de uma causa nobre de defesa das mulheres para alcançar sucesso profissional e financeiro. Optei por levar o caso ao conhecimento da Polícia Civil que instaurou um inquérito policial para apurar o delito de extorsão pelo qual eu e minha esposa estamos sendo vítimas.

Para colaborar com as investigações, entreguei à autoridade policial cópia de gravações devidamente periciadas e transformadas em atas notariais, com a voz da advogada Adriane Magalhães, onde pressiona a fazer um acordo financeiro (aquilo que o nosso Código Penal tipifica como EXTORSÃO), para impedir a divulgação de fatos que todos saberão em poucos dias serem mentirosos.

Aos meus amigos e colegas advogados provarei que estou sendo vítima da deslealdade profissional de uma colega, a qual, repito, busca o cargo de desembargadora tripudiando sobre a honra de outro colega. Confio na Polícia Civil do meu estado. Confio na Justiça do Amazonas. A verdade prevalecerá.”, finalizou o advogado em nota publicada em suas redes sociais.  

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