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SANTA CATARINA – Deputados de Santa Catarina avaliam montar cadastro estadual de condenados por matar policiais

O cadastro deve contemplar pessoas que tenham sido condenadas, com sentença definitiva, pela morte de agentes de segurança pública no exercício da função ou em razão dela

Um projeto que prevê a criação de um cadastro estadual para condenados por matar policiais e outros agentes de segurança pública foi aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) nesta terça-feira (12). Agora, a matéria avança para a Comissão de Finanças e Tributação.

O projeto de lei 443/2024, de autoria do deputado estadual Alex Brasil (PL), tem por finalidade criar uma base de dados que reúna informações sobre condenados matar policiais e outros agentes de segurança pública no exercício da função ou em razão dela. Os agentes contemplados pelo texto são:

  • Policiais militares;
  • Bombeiros militares;
  • Policiais civis;
  • Policiais científicos;
  • Policiais penais;
  • Agentes de segurança socioeducativos;
  • Guardas municipais.

Informações sobre condenados por matar policiais, bombeiros e guardas municipais

Segundo o texto do projeto, o condenado, para ser incluído no cadastro, deve ter sua sentença transitada em julgado, ou seja, ela deverá ser definitiva e sem possibilidade de recursos.

As informações do cadastro deverão conter:

  • I – nome completo;
  • II – filiação;
  • III– data de nascimento;
  • IV– fotografia do identificado;
  • V – endereço residencial;
  • VI – apelido, se houver;
  • VII –sinais característicos, como tatuagens ou cicatrizes.

Vidas policiais são ameaçadas por facções criminosas, diz deputado

Segundo a justificativa apresentada pelo deputado Alex Brasil, os agentes de segurança pública possuem a principal atribuição de manutenção da ordem pública, bem como investigação e repressão de crimes, e por isso, constantemente colocam suas vidas em risco.

“A vida policial vale cargos, representatividade, dinheiro e facilidades para quem é partícipe de organizações criminosas. Muitos jovens, ao entrar no mundo do crime e incorporados em facções criminosas, têm como teste de fogo tirar a vida de um agente de segurança pública, o que não podemos permitir”, defende o deputado.

Mortes de policiais em SC

Nos últimos dois meses, dois casos envolvendo mortes de policiais tiveram grande repercussão em Santa Catarina:

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