SANTA CATARINA – Florianópolis tem sete fortalezas; veja quais, onde ficam e como visitar
Construções históricas que são uma das principais atrações turísticas da Capital
A região de Florianópolis possui sete fortalezas que são consideradas Patrimônio Histórico Nacional do Brasil, são elas: Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa, Santo Antônio de Ratones, Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba, Santana do Estreito, Santa Bárbara da Vila e Marechal Moura de Naufragados.
No período colonial, a América do Sul foi alvo de disputas entre Portugal e Espanha, e as fortalezas são um marco desta época usadas para Portugal se defender dos espanhóis.
Os sete fortes podem ser vistos até hoje. Confira as construções históricas que são uma das principais atrações turísticas da Grande Florianópolis:
Onde fica e como visitar Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim
Tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938, a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim foi sede do primeiro governo da Capitania de Santa Catarina e presenciou diversos acontecimentos históricos como a Invasão Espanhola em Florianópolis em 1777; Revolução Federalista que ocorreu entre os anos 1893 e 1895, na Região Sul do Brasil.
A fortaleza foi sede da estação de rádio telegráfica da Marinha do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e passou anos abandonada até ser restaurada na década de 1970, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim está localizada na Ilha de Anhatomirim, hoje na área de jurisdição de Governador Celso Ramos. Localizada na entrada da Baía Norte.
A visita a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim detém uma taxa para reparação do lugar no valor de R$ 16 a entrada inteira e R$ 8 para a meia-entrada, válida para crianças de 6 a 12 anos, estudantes e membros de entidades filantrópicas. No último domingo do mês é oferecido o “Dia da Gratuidade” para coincidir com o programa “Domingo na Faixa”, promovido pela prefeitura de Florianópolis (PMF), para garantir acesso às Fortalezas para toda a comunidade. O horário de visita é das 8h30min às 18h30min, de terça à domingo, incluindo feriados.
A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim não tem acesso por terra, para visitar o local é necessário utilizar transporte marítimo, algumas empresas locais disponibilizam o serviço a partir de R$ 90.
Onde fica e como visitar a Fortaleza de São José da Ponta Grossa
Uma volta pelo lugar ajuda a compreender as disputas coloniais entre portugueses e espanhóis. Localizada entre as Praias do Forte e Jurerê Internacional, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa foi uma das quatro fortificações projetadas pelo primeiro governador de Florianópolis, José da Silva Paes, para proteger a Ilha de Santa Catarina de invasões, a partir de 1739.
A Fortaleza de Ponta Grossa é uma das poucas que podem ser acessadas por terra sem a necessidade de transporte marítimo.
Para visitar e conhecer a história da Fortaleza de São José da Ponta Grossa é necessário pagar uma taxa de R$ 16 a entrada inteira e R$ 8 meia-entrada, válida para crianças de 6 a 12 anos, estudantes e membros de entidades filantrópicas. O horário de visita à Fortaleza é das 8h30min às 18h30min, de terça à domingo, incluindo feriados.
No último domingo do mês é oferecido o “Dia da Gratuidade” para coincidir com o programa “Domingo na Faixa”, promovido pela prefeitura de Florianópolis (PMF), para garantir acesso às Fortalezas para toda a comunidade.
Onde fica e como visitar a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones
Construída em 1744 na ilha de Raton Grande, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones é o terceiro vértice do sistema projetado para defender a entrada no norte de Florianópolis.
Durante a invasão espanhola no início de 1777, quatro tiros de canhão foram disparados pela fortaleza contra a frota inimiga. Mesmo assim, os esforços foram em vão e a ilha foi tomada sem muita resistência. O local só voltou ao domínio da Coroa Portuguesa em outubro de 1777, quando foi assinado o Tratado de Ildefonso entre Portugal e Espanha.
Entre 1990 e 1991, a Fortaleza de Ratones teve a maioria de seus edifícios reconstruídos no Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina e passou a ser mantida e gerenciada pela UFSC.
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones detém uma taxa para visitar o local no valor de R$ 16 a entrada inteira e R$ 8 meia-entrada, válida para crianças de 6 a 12 anos, estudantes e membros de entidades filantrópicas. No último domingo do mês é oferecido o “Dia da Gratuidade” para coincidir com o programa “Domingo na Faixa”, promovido pela prefeitura de Florianópolis (PMF), para garantir acesso às Fortalezas para toda a comunidade. O horário de visita é das 8h30min às 18h30min, de terça à domingo, incluindo feriados.
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones não tem acesso por terra, para visitar o local é necessário utilizar transporte marítimo, algumas empresas locais disponibilizam o serviço a partir de R$ 90.
Onde fica e como visitar a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba
Foi a quarta e última fortificação idealizada. Construída na ilhota de Araçatuba, na barra sul do canal da ilha, atual município de Palhoça, a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba foi a única destinada a proteger a entrada da Baía Sul de Florianópolis.
Além da defesa, a Fortaleza de Araçatuba também serviu como prisão. Tombado como Patrimônio Histórico em 1938, a construção não é um local de passeio oficial, atualmente pertence ao Exército Brasileiro e está em processo de restauração.
Onde fica e como visitar o Forte de Santana do Estreito
O forte foi construído a partir de 1761 para defender a Vila de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, de embarcações inimigas que adentrassem a Baía Norte. Em 1893, durante a Revolução Federalista, canhões do Forte de Santana dispararam tiros contra a esquerda rebelde.
Totalmente restaurado em 1969, o local abriga desde 1975 o Museu de Armas da Polícia Militar de Santa Catarina. A entrada é gratuita e no pátio é possível avistar os canhões do Forte e a Ponte Hercílio Luz.
Onde fica e como visitar o Forte de Santa Bárbara da Vila
O Forte de Santa Bárbara da Vila foi construído em 1774 sob uma pequena formação rochosa para defender Florianópolis, de embarcações inimigas que tentassem atracar na ilha pela Baía Sul.
No século 19, o forte serviu de lazareto e enfermaria militar. Em 1875 abrigou a Capitania dos Portos e foi sede do Governo do Estado, em 1893. Tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1984 e afastado do mar por conta dos diversos aterros.
O prédio localizado no Centro da cidade abriga hoje o Centro Cultural da Marinha em Santa Catarina (CCMSC). As visitas são totalmente gratuitas e monitoradas, é necessário agendamento prévio através do e-mail: [email protected].
Onde fica e como visitar o Forte Marechal Moura de Naufragados
Construído entre 1909 e 1913, na Praia de Naufragados, no extremo Sul da ilha, o Forte Marechal Moura de Naufragados é a construção mais recente do antigo sistema defensivo de Florianópolis. A função da construção era complementar as defesas da Fortaleza de Araçatuba, protegendo a entrada da Barra Sul a partir de uma posição elevada.
Atualmente restam no local apenas ruínas de muralhas e três canhões fabricados em 1893. O Forte de Naufragados pode ser acessado por uma trilha de 45 minutos ou por embarcação saindo da Praia da Caieira da Barra do Sul. No local é possível observar também o Farol de Naufragados.
Dicas para visitar as três fortalezas da Baía Norte
O Coordenador das Fortalezas, Rodolfo Pimenta, recomenda que os visitantes levem água, repelente, lanche, protetor solar e o uso de roupas confortáveis para a visita. Além disso, para a preservação do patrimônio histórico, a entrada de animais de estimação é proibida dentro das fortificações.
Escolas públicas (municipais, estaduais e federais), crianças de até cinco anos e idosos acima de 60 anos podem pedir isenção da taxa de visitação.
O horário de visita às fortificações é das 8h30min às 18h30min, de terça à domingo, incluindo feriados. A partir do dia 18 de novembro, até final de janeiro, as fortalezas irão funcionar de segunda a segunda.