“Tudo menos ele”: possibilidade de David Reis retornar à presidência da CMM é reprovada por vereadores
Manaus – A possibilidade de David Reis (Avante) retornar à presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM) gerou intensa controvérsia entre vereadores e a população. O atual cenário é marcado por críticas à gestão anterior de Reis, que enfrentou sérios escândalos e foi alvo de diversas denúncias durante seu mandato. O vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) expressou seu descontentamento com a possível reeleição de Reis, afirmando que sua gestão foi “desastrosa” e não atendeu aos interesses da cidade.
“A Casa foi oxigenada e voltou a abrir as portas à sociedade, o que não aconteceu enquanto ele foi presidente”, declarou Guedes, enfatizando o contraste entre as gestões passadas e a atual. Reis, que não conseguiu se eleger em 2022 como deputado federal, se reelegeu para vereador este ano. Ele é lembrado por polêmicas que marcaram sua presidência, como a proposta de um anexo de R$ 32 milhões, conhecido como “puxadinho”, que foi barrado pela Justiça após protestos de outros vereadores. Além disso, ele foi criticado por tentar alugar picapes para os parlamentares e pela aprovação de aumentos na chamada “Cota para o Exercício Parlamentar”, que passou de R$ 18 mil para mais de R$ 33 mil.
Embora Reis tenha o apoio de alguns vereadores, incluindo 10 que assinaram um documento em sua defesa, ele também enfrenta resistência significativa, tanto da oposição quanto de colegas do próprio partido. A confiança em sua liderança é questionada, principalmente devido a um histórico de falta de respeito com a imprensa e a gestão marcada por conflitos e embates internos.
Durante seu período na presidência, Reis acumulou uma série de polêmicas que abalaram sua imagem, incluindo a suspeita de superfaturamento em contratos, como a compra de kits de audiovisual e a contratação de serviços de energia solar, além de um aumento expressivo nas despesas com diárias para viagens de parlamentares. A repercussão negativa em torno de sua gestão ainda persiste, e a resistência à sua candidatura a uma nova presidência reflete um sentimento de ceticismo entre os vereadores e a população.
David Reis, em resposta às críticas, destacou algumas iniciativas que considera positivas, como a criação da Escola do Legislativo, mas não abordou diretamente as falhas de sua administração. A próxima sessão da Câmara poderá definir o futuro de Reis e a direção que a CMM tomará em meio a este clima de desconfiança e polarização. A escolha do novo presidente será crucial para restaurar a credibilidade da Casa Legislativa em Manaus.
