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Mudanças climáticas afetam seca no Amazonas, afirma meteorologista do INMET

A seca nos rios do Amazonas tem deixado o estado em situação crítica, com todos os 62 municípios em estado de emergência. Na quarta-feira (11), a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência na capital. Na quinta (12), o rio Negro em Manaus registrou 16,97 metros, uma marca preocupante quando comparada aos 21,19 metros registrados no mesmo período de 2023, ano que já foi o mais seco da história para o Amazonas.

Em entrevista exclusiva ao AM POST, a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Mendes, detalhou como as mudanças climáticas estão exacerbando a seca nos rios. “Independente das crenças individuais sobre mudanças climáticas, o aumento da temperatura média global e a intensificação dos eventos climáticos extremos, como secas e queimadas, estão ocorrendo”, afirmou Mendes.

Mendes explicou que a alteração no uso do solo, como o desmatamento e a urbanização, contribui para a mudança do microclima, que é o conjunto de condições climáticas em áreas reduzidas. “Quando há desmatamento ou urbanização, o microclima é alterado, afetando a temperatura, umidade e outros fatores climáticos locais”, destacou.

Além disso, a meteorologista afirmou que fenômenos como El Niño e La Niña também desempenham papéis importantes nas condições de estiagem. “Durante o El Niño, há uma diminuição das chuvas na Região Norte, enquanto o La Niña pode reverter esse padrão”, explicou.

Cerca de 330 mil pessoas estão sendo afetadas com a seca severa no Amazonas, conforme os dados da Defesa Civil do estado.

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