Setembro deve ser o mês mais quente da história do Brasil
O mês de agosto foi marcado por intensas queimadas e seca severa em quase todas as regiões do Brasil, mas as perspectivas para setembro não são melhores. De acordo com a MetSul Meteorologia, uma onda de calor excepcional marcará o início do mês, indicando que a Primavera meteorológica, que considera as variações de temperatura, já começou, antecipando-se à Primavera astronômica, prevista para iniciar no dia 22 de setembro.
Essa massa de ar quente deve predominar ao longo da primeira quinzena do mês, com temperaturas que variam entre 40°C e 45°C em diversas regiões do país. Essa condição, segundo os meteorologistas, pode tornar setembro de 2024 o mês mais quente já registrado na história do Brasil. Além disso, a previsão é que os termômetros marquem, em média, até 2°C acima do esperado para o período em quase todo o território nacional. Essa situação é agravada pela baixa precipitação, consequência da seca, o que impede a chegada de frentes frias.
“A primeira quinzena de setembro será uma extensão do que vimos nos últimos três meses, com temperaturas acima da média. As primeiras semanas deste mês, em especial, são de transição e devem quebrar recordes de calor em praticamente todo o país”, afirma um dos meteorologistas da MetSul.
A maior preocupação, no entanto, recai sobre a situação das queimadas, especialmente na Amazônia. Com a falta de chuvas e o calor extremo, o fogo tende a migrar do sul da floresta para o leste, atingindo a região de Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins. A propagação das chamas para essas áreas pode agravar ainda mais a crise ambiental e trazer sérias consequências para o sistema energético, especialmente no Piauí e no Maranhão.
A crise climática que se desenha para setembro levanta um alerta sobre a necessidade urgente de medidas para conter o avanço das queimadas e mitigar os impactos das altas temperaturas. Especialistas já preveem um cenário desafiador para as próximas semanas, que pode afetar não apenas o meio ambiente, mas também a saúde da população e a economia do país. Com o aumento das queimadas e a intensificação da seca, os riscos de racionamento de água e energia também se tornam cada vez mais palpáveis, exigindo ações rápidas e eficazes por parte das autoridades.