Contos Eróticos

Uma noite no swing

Vestido curto e colado, salto confortável, látex na medida certa para ser notada. Não mencionei a calcinha porque ela é opcional, e saber que estou sendo desejada sem usar nada por baixo torna tudo ainda mais delicioso. A roupa escolhida dialoga com a liberdade que pede uma noite no swing: onde tudo é permitido e nada é obrigatório. A partir de agora, cara leitora, divido com você a experiência de uma das minhas noites únicas por um universo super instigante! 

Eu e meu marido Edu nos encontramos com um casal de amigos ainda na recepção da boate e seguimos conversando, contando as novidades da semana e observando os casais ao redor. Uma das coisas mais gostosas de um lugar assim é a liberdade de ver e ser visto – cada um dentro de suas possibilidades, afinal, swing não é bagunça! Entre música e luzes, voyeurs e exibicionistas completam silenciosamente suas fantasias. Quem gosta de se exibir dá os primeiros passos rumo ao flerte ainda no salão principal, tirando a roupa e deixando à mostra lingeries minúsculas ou partes do corpo nu, hipnotizando, já nesse contato inicial, aqueles que gostam de só observar. 

Safada que sou, gosto das duas possibilidades. Contato de beijo na boca só temos a dois. Mas nosso acordo permite penetração, passadas de mão, dedadas e roçadas pelos corpos que eu quiser, e o mesmo vale para ele. Por isso, nosso primeiro lugar favorito é a pista de dança, que é para onde seguimos com nossos amigos, onde os flertes e as aproximações surgem naturalmente no ritmo da música com os corpos em movimento.

Enquanto eu a V. dançamos, nossos maridos ficam atrás da gente como quem acompanha com devoção nossos corpos livres e quase nus ali, nos divertindo juntas e eventualmente deslizando as mãos pelas curvas uma da outra. À medida que a pista esquenta e nos empolgamos, decidimos juntas subir ao palco e dançar nas barras de pole, com nossos homens e diversos outros ali embaixo na pista nos admirando. E assim seguimos com a coragem que só o desejo nos dá, de mãos dadas e corpo colado, subindo, descendo e rebolando ao som da música – assim como nossos vestidos, que, ao sabor de nossos movimentos, vão subindo e deixando à mostra nossas bundas e bucetas, a essa altura já pulsando com o tesão de quem nos olhava. 

Da beira do palco, nossos maridos nos assistem quase boquiabertos, alternando a atenção entre os nossos corpos e a admiração de quem nos acompanha ao redor. E, apesar de todos os olhares me atraírem de alguma forma, é o olhar do meu marido me assistindo e me desejando em meio a tantos que me dá mais tesão: porque, para nós, desejo demais transborda mesmo, e passamos a desejar o desejo do desejo – e tudo que por ele se desdobra.

Por isso, quando ensaiamos um striptease juntas com as partes cobertas de nossa roupa que restaram, o público vai à loucura com gritos, palmas e assovios, nos arrancando, além das roupas, nossos risos cúmplices de satisfação uma com a outra. Sentimos na pele e em nossas bucetas a delícia que é despertar o desejo e a atenção de tantos casais assim. Por isso, antes de voltarmos aos nossos parceiros, fazemos sinal para que outras pessoas também subam e continuem esse movimento: é a nossa vez de assistir.

O palco logo é tomado por casais que seguem se seduzindo. Enquanto duas mulheres se beijam dançando, um casal hétero tira lentamente a roupa um do outro em uma conexão única e hipnotizante, como se ninguém mais os observasse. Acontece que esses lapsos de conexão entre casais pegam forte em nosso desejo, e meu marido começa a me penetrar com os dedos, em meio à pista de dança, enquanto assistimos.

Me debruço sobre o palco, empinando a bunda para ele, que me penetra de um jeito tão gostoso que começo a gemer baixinho, em meio aos outros casais ao nosso redor, que nem sei se estão percebendo que tem um sexo rolando bem ali, mas nada importa: vivemos agora mesmo o lapso de intimidade que admiramos no casal do palco. Entre pernas e bundas dos que estão no pole à minha frente, vejo, através do espelho, a cara do meu marido concentrada nos movimentos de vai e vem com as mãos me dedando, enquanto me encara no reflexo e alterna esses olhares com a minha bunda. E é assim que eu explodo e tenho o primeiro orgasmo ali mesmo em público, não me aguentando e buscando a V. antes dos espasmos diminuírem para terminar de viver essa gozada em seu abraço. Afinal, se você nunca experimentou, eu te digo: é uma delícia viver nem que seja uma parte do orgasmo nos braços de uma mulher. 

Enquanto respiro fundo em seu abraço, ela passa as mãos pelo meu cabelo e me aperta forte contra seu peito, entendendo o que estava acontecendo, porque já tínhamos vivido um momento assim antes. 

— Que delícia que o Edu fez com você, hein… Será que ele pode me fazer gozar assim também? — ela diz isso e se desvencilha do abraço, me encarando com um riso safado que eu acho incrível. 

Essa é só uma das tantas possibilidades que uma noite assim nos reserva: meu marido comendo uma amiga, o marido da amiga me comendo de volta, os dois compartilhando esse momento, nós duas vivendo esse desejo. Acontece que, para isso, a pista de dança fica pequena, e seguimos para o próximo ambiente.

Publicidade