Polícia

Seita que pode ter matado Djidja e sua avó usava anestésico nas ‘viagens’

Polícia Civil investiga que seita usava ketamina em rituais alucinógenos

Enquanto mãe, irmão e funcionários do salão de beleza de Djidja Cardoso iam ser levados a audiência de custódia com o juiz que determinou suas prisões preventivas neste dia 30 de maio, a Polícia Civil realizava operação em vários endereços de Manaus.

O objetivo é colher novos elementos de prova no inquérito aberto para apurar as circunstâncias da morte de Djidja, empresária e ex-sinhazinha do boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins.

Novas informações, denúncias e vítimas da seita Pai, Mãe, Vida, comandada por Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, dão conta que os rituais alucinógenos aconteciam na casa da família, no bairro Cidade Nova, na Zona Norte da capital.

Cleusimar e Ademar, que mantinham Djidja dopada e em cárcere privado, conforme parentes denunciam, tinham a ajuda de funcionários do salão na arregimentação de novos iniciantes da seita e na aplicação da ketamina e outras drogas.

Uma das vítimas desses rituais pode ter sido Maria Venina de Jesus Cardoso, de 82 anos, mãe de Cleusimar.

Quem denuncia é o neto da vítima, médico Paloam Cardoso Novo, em áudios que o BNC Amazonas publicou em primeira mão depois que vazaram de grupo da família em rede social.

A polícia ainda não confirmou se esse caso da avó vai ser investigado no mesmo inquérito da morte da neta.

Esses áudios, de 2023, já revelavam que Cleusimar e seus filhos estavam praticando esses rituais sob a administração de drogas.

E que inúmeras tentativas de levar Djidja para tratamento foram feitas, sempre com forte resistência de Cleusimar e seu filho.

Essa situação de distanciamento chegou a tal ponto que Cleusimar proibiu a presença de familiares no funeral da filha. Mas, não fez o mesmo com funcionários do salão.

A advogada da família ficou de alegar na audiência de custódia que o caso é de saúde e não de prisão.

No final da operação de hoje, que já encontrou centenas de seringas, algumas até com o anestésico prontas para uso, a polícia deve dar novas informações.

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