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Família de jovem confundido com ladrão em Manaus diz que ele estava em hospital no dia do suposto roubo

A justificativa da invasão à casa do jovem Felipe Santos Pena, de 21 anos, que foi morto na noite de sexta-feira (4), por um grupo de motoristas e motoqueiros, foi de que ele era assaltante e tinha participado de um suposto roubo no dia 1 deste mês. No velório da vítima, a família afirmou que nessa data ele estava no hospital.

Uma das irmãs, que não quis se identificar com medo da família ser vítima de um novo ataque, disse que Felipe estava com atestado médico por alguns dias e ainda doente. “Eles disseram primeiro que o roubo tinha sido dia 1º, mas nesse dia não bate, o Felipe estava comigo. Ele quase não estava conseguindo andar direito por causa da inflamação. A mão de Deus vai pesar em cada um que fez isso”, disse ela, afirmando que entre os dias 1 e 3 Felipe ficou no hospital.

O rapaz tinha feito uma cirurgia de hérnia no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e trabalhava em um shopping da cidade. A família afirma que ele nunca foi assaltante e que não tinha como roubar ninguém nas condições de saúde em que estava atualmente. A vítima, inclusive, estava com um retorno marcado para daqui a 15 dias.

A vítima foi encontrada com marcas de agressão no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. Os agressores não foram identificados e a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso.

A suspeita é que ele foi vítima de fake news, já que uma montagem com a foto dele e um outro número de telefone, que não era dele, começou a circular na internet o apontando como parte de uma quadrilha.

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