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Caso Wallace: só 14 anos depois policiais envolvidos perdem cargos

Grupo recebia propina para dar apoio às atividades de organização criminosa.

Depois de 14 anos, a Justiça do Amazonas condenou a prisão cinco policiais civis envolvidos no Caso Wallace.

Conforme divulgou o g1, além das penas impostas a cada um, eles também terão que deixar seus cargos na corporação.

Dessa forma, a juíza Rosália Guimarães Sarmento, da 2ª Vara de Entorpecentes de Manaus proferiu da decisão, na quinta-feira (21). Contudo, ainda cabe recurso da decisão.

Como resultado, os condenados são:

  • André Serguey Aguiar da Cunha: condenado por associação para o tráfico e concussão (11 anos 2 meses de prisão);
  • Carlos Benjamin Silva da Conceição: condenado por extorsão mediante sequestro (14 anos de prisão);
  • Carlos Gonzaga Oliveira Lima: condenado por associação para o tráfico e concussão (11 anos e 2 meses de prisão);
  • Haryton Batista de Carlos: condenado por concussão (8 anos e dois meses de prisão);
  • E Manuel Silva de Alencar: condenado por corrupção passiva (7 anos de prisão);

Segundo a magistrada, foi somente com a prisão ex-policial Moacir Jorge Pessoa da Costa, o Moa, que os demais agentes envolvidos no esquema criminoso foram delatados.

Conforme os autos, o grupo recebia propina para dar apoio às atividades da organização criminosa.

Os graves crimes pelos quais os cinco policiais civis foram condenados ofendem a dignidade das instituições públicas que, por imperativo constitucional, devem se pautar pelos princípios da moralidade e da probidade administrativa, disse a magistrada.

E continuou:

O policial civil que solicita ou recebe, diretamente, em razão do cargo que ocupa, vantagem indevida ou aceita promessa de receber tais vantagens não pode continuar no cargo, devendo perdê-lo em benefício do interesse público.

Além disso, a juíza disse ainda que os policiais mancham a honra da polícia junto à opinião pública e contribuem para o desprestígio das instituições responsáveis pela persecução penal:

“É preferível atirar fora um fruto danificado do que perder toda a cesta”.

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