Túmulo é violado e cabeça de mulher que foi assassinada é arrancada e roubada para ritual religioso
NOVA IGUAÇU (RJ) – “Ela foi assassinada e não teve paz nem no cemitério”, lamentou o funcionário público Jorge Luiz Gomes de Almeida, de 52 anos, pai de Sabrina Tavares de Almeida, de 31 anos, que foi assassinada a tiros em agosto de 2022 por causa da disputa de um terreno da família. Agora, eles descobriram que a vítima teve a cabeça arrancada e roubada de dentro de um cemitério em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para a realização de um ritual.
Segundo o funcionário público, ele teve conhecimento do caso há apenas um mês, quando ele foi ao local visitar o túmulo da filha, mas o caso teria ocorrido em março. Ao chegar no local, um coveiro o informou que seria necessário ir na administração do cemitério. Lá, informaram o ocorrido.
O administrador, Adilson Miguel da Silva, informou à polícia que havia um buraco no túmulo de Sabrina, bem onde fica a cabeça. Eles abriram a sepultura e no local do membro encontraram uma tigela de barro, usada em rituais, com garrafas de bebidas e papéis.
“Lá, eles disseram que o túmulo tinha sido mexido e que eu tinha que esperar um laudo [da Polícia Civil] ficar pronto para saber o que aconteceu. Quarenta dias depois, o documento ficou pronto e foi constatado que eles roubaram a cabeça da minha filha e fizeram um ritual religioso”, conta Jorge.
O delegado José Mário Salomão de Omena, titular da 58ª DP (Posse), onde o caso é investigado, acredita que o local foi usado para um ritual religioso, mas que não necessariamente a família da vítima era o alvo.
O registro de ocorrência foi feito com base no artigo 210 do Código Penal, que é violação de sepultura. A pena varia de 1 a 3 anos de prisão.
Morte de Sabrina
O suspeito de matar a mulher foi identificado como Mateus da Silva Osório Ferreira, ex-cunhado dela. A motivação do crime foi o interesse em um imóvel deixado pelo ex-marido da vítima e irmão do suspeito, assassinado em 2016, na porta de casa.