Polícia

Suspeito de matar e ocultar corpo de criança de 2 anos leva tiro no pé ao tentar fugir da polícia em Manaus

John Lenon Menezes Maia, 31, suspeito de espancar a menina Lorena Ferreira Rodrigues, que tinha 2 anos, foi preso, na tarde dessa quarta-feira (31), no bairro Aleixo, na zona Centro-sul de Manaus. Ele estava usando o nome falso de “João” e estava em um lava jato no momento em que foi capturado. Ele era procurado pela polícia desde 2022 e foi encontrado após denúncia anônima.

De acordo com a polícia, John Lenon tentou fugir e acabou sendo atingido com um tiro no pé. Depois de ser preso ele foi encaminhado até o Hospital 28 de Agosto onde fez um curativo e logo foi levado para delegacia.

Segundo a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a vítima foi morta pela tia Ana Beatriz e pelo companheiro dela, John Lenon, entre os dias 22 e 23 de março de 2022, no bairro Compensa, zona oeste.

A titular da Depca relembra que Ana Beatriz foi presa em flagrante no dia 28 de março de 2022, por ocultação de cadáver e cumpriu dois meses de reclusão, sendo um mês no município de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) e um mês em Manaus, e foi liberada posteriormente.

“Na ocasião desta prisão, ela negou ser responsável pela morte de Lorena, alegou que a criança teria morrido de causas naturais e disse que teria ficado assustada devido ao ocorrido, por isso enterrou o corpo da criança. Entretanto, o laudo médico apontou uma série de maus tratos que a menina teria sofrido e a causa da morte teria sido traumatismo craniano”, falou.

Conforme a titular, no dia em que Ana Beatriz foi presa, John Lenon chegou a se apresentar na Depca, prestou declarações e imputou os maus tratos à mulher, negando que teria participação na ação criminosa.

“Em depoimento, ele contou que levou a criança com vida para o porto e que Ana Beatriz teria embarcado sozinha para Autazes, não sabendo alegar em que momento Lorena foi morta. Por isso precisávamos esclarecer essas informações”, disse.

Ainda segundo a delegada, após diversas diligências, as equipes conseguiram imagens de monitoramento que constataram que John Lenon saiu do trabalho por volta das 11h do dia 23 de março de 2022 e, em uma motocicleta e carregando uma mochila vazia, se dirigiu até à residência de Ana Beatriz para buscá-la. Dali, eles foram em direção ao porto da Ceasa, com o corpo de Lorena dentro da mochila.

“A criança estava sem vida no momento em que os suspeitos se deslocaram para Autazes, constatando que a versão apresentada por ele seria inverídica. Então as investigações foram evoluindo e conseguimos com que o mandado de prisão preventiva da Ana Beatriz fosse expedido. A ordem judicial foi cumprida na data de ontem”, falou.

A delegada contou, ainda, que em depoimento, desta vez a autora do delito confessou participação no crime e descreveu tudo o que ocorreu antes e no momento da morte da criança, que foi vítima de constantes torturas praticadas por John Lenon.

“A mãe de Lorena havia a deixado sob os cuidados do casal e, ao longo dos meses, a menina foi vítima de frequentes episódios de maus tratos. No dia 22 de março, conforme relatado pela criminosa, os dois haviam agredido a criança fisicamente e ela passou a desmaiar e acordar, em consequência das agressões”, disse.

Joyce conclui dizendo que, por volta das 10h do dia 23 de março, a tia da criança acordou e constatou que a menina estava sem respiração, momento em que ligou para o criminoso para que eles decidissem o que fariam com o corpo dela.

“Ele enrolou o corpo da vítima em um lençol e as colocou em uma mochila. Segundo ela, John Lenon teve a ideia de atirar a mochila dentro do rio, entretanto, ela negou. Por isso, eles seguiram caminho até Autazes e se hospedaram na casa do pai dela, onde enterraram o corpo da menina no quintal da residência”, falou.

John Lenon evadiu-se para local incerto desde que prestou esclarecimentos a respeito do Caso Lorena. Ele é considerado foragido desde então.

FONTE: AM POST

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