Brasil

Superfungo resistente a medicamentos provoca fechamento de hospital no Brasil; conheça o microrganismo

Na primeira quinzena de maio, um paciente diagnosticado com um fungo super resistente e letal fez o hospital estadual Miguel Arraes, na Região Metropolitana do Recife, estado de Pernambuco, suspender o recebimento de novos pacientes para restringir a disseminação do ‘superfungo’. O paciente, de 77 anos, foi diagnosticado no dia 11 de maio com Candida auris, segundo a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). Porém, três dias depois, outro caso foi diagnosticado, desta vez no Hospital Tricentenário, em Olinda, desta vez, em um paciente de 48 anos. Neste caso, apenas as áreas onde o paciente circulou foram isoladas.

Candida auris causa infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas e é muito resistente aos medicamentos normalmente usados para combater fungos. Existem várias linhagens de C. auris, e algumas são imunes a todas as três classes de remédios existentes. Por isso, de acordo com agências de saúde como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, do governo dos Estados Unidos, a taxa de mortalidade dos pacientes infectados chega a 60% e a transmissão geralmente ocorre em ambientes hospitalares, onde os pacientes já estão acometidos por outras doenças. A fragilidade acentuada contribui para o agravamento e a eventual morte.

Como é classificado um micróbio relativamente recente, identificado pela primeira vez em 2009, no Japão, ainda não há informações detalhadas sobre a forma de transmissão: “Evidências iniciais sugerem que ela se dissemina no serviço de saúde por contato com superfícies ou equipamentos contaminados de quartos de pacientes colonizados/infectados, sendo, portanto, fundamental reforçar as medidas de prevenção e controle com ênfase na higiene das mãos e limpeza e desinfecção do ambiente e equipamentos”, informa a nota mais recente da secretaria estadual de Saúde de Pernambuco.

Da mesma forma como resiste aos medicamentos, esse fungo também é mais resistente aos desinfetantes, o que torna mais difícil higienizar um ambiente contaminado. Já outra dificuldade imposta pela Candida auris é de identificação, pois exames básicos capazes de identificar outros tipos de fungos não servem para identificar esse. Até o momento, existem vários registros de vítimas que foram inicialmente diagnosticadas com outro tipo de fungo, e tratadas de forma inadequada até que houvesse a identificação correta.

Com informações do Terra

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