Polícia

Ex-estagiário de prefeitura furta mais de R$ 90 mil em cartões de programa social; assista

Imagens de câmera de segurança reveladas nesta quarta-feira, 10, mostram o ex-estagiário Walisson Pinheiro Pereira, de 25 anos, acusado de furtar cartões do programa Renda Família Mais Mulher, na sede da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, em Goiânia, no dia 12 de Abril. Ao todo, mais de 300 cartões foram furtados. O valor do benefício é de R$ 300 reais.

A diretora de Políticas Públicas da secretaria, Regina Pereira Vargas Silva, foi exonerada depois do crime, oficializada na segunda-feira, 8, em edição do Diário Oficial do município.

Segundo a secretaria, os cartões ficavam guardados em um armário localizado na sala da diretora que foi exonerada.

Nas imagens, é possível ver que, na ocasião, o ex-estagiário chega na secretaria e aguarda na recepção. Em seguida, ele se encontra com a diretora exonerada Regina Pereira Vargas e os dois saem juntos do local. Minutos depois, eles novamente são vistos retornando para a secretaria e subindo a rampa.

Em nota, a secretária Tatiane Lemos explicou que, após esse momento, o jovem não é mais visto nas câmeras de segurança da recepção por ter ficado escondido dentro do prédio e fugido por uma janela.

Prejuízo
De acordo com a prefeitura de Goiânia, dos cartões furtados 16 foram desbloqueados e utilizados. Não foi informado quanto foi extraído dos cartões ou como eles foram utilizados.

Ainda segundo a prefeitura, com exceção dos 16 cartões em que os valores foram extraídos, os demais cartões foram cancelados e os recursos retornaram ao Paço Municipal. Os cartões, de acordo com o Paço, são de beneficiárias que não teriam sido encontradas, e que não procuraram a Secretaria da Mulher para retirá-los.

O Renda Família Mais Mulher concede auxílio de R$ 300 mensais a mulheres em vulnerabilidade social. O programa foi criado em setembro de 2021, durante a pandemia da Covid-19, e terá a última prestação paga no dia 20 deste mês. Ao total, quase 22 mil mulheres foram contempladas. Como cada etapa tem validade de seis meses, cada cartão tem crédito de R$ 1,8 mil a serem utilizados em estabelecimentos comerciais.

O procurador-geral do município, Marcos Aurélio Egídio, disse acreditar não haver como alguém usar os cartões sem ter acesso ao banco de dados da secretaria. Isso, porque, segundo ele, o desbloqueio depende de informações como CPF do beneficiário, nome da mãe e data de nascimento.

“Sabemos que houve o acesso, mas não sabemos de que forma esse acesso aconteceu. Trata-se de um desvio de dinheiro público, então a procuradoria vai tomar todas as providências para que esse prejuízo, por menor que seja, seja retornado aos cofres do município o mais rápido possível”, disse o procurador.

Com informações do G1 e O Popular

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