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Justiça condena Trump por abuso sexual; vítima será indenizada em US$ 5 milhões

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi considerado culpado nesta terça-feira, 9, em um processo civil por abusar sexualmente da jornalista E. Jean Carroll, em 1995 ou 1996, e, posteriormente, difamado a vítima.

Os nove jurados decidiram que ela deverá receber US$ 5 milhões em compensações e ressarcimentos por danos. Esse não é um caso criminal, mas, sim, civil, então não há possibilidade de que Trump seja condenado a ir para a prisão.

O grupo de jurados demorou apenas três horas para deliberar. Trump sempre negou que tivesse abusado sexualmente de Carroll.

Sobre o processo

E. Jean Carroll, de 79 anos, processou Trump no ano passado, alegando que ele a estuprou em uma loja de departamento de Nova York em meados da década de 1990. Ex-colunista da revista Elle, ela também afirma que Trump a difamou depois que ela tornou pública sua acusação em um livro em 2019.

O júri começará a deliberar a partir desta terça-feira se dá razão a Carroll, que exige de Trump uma indenização por perdas e danos em um valor não determinado por este fato que, segundo ela reconheceu no julgamento, impediu-a de voltar a ter uma vida amorosa.

Ao apresentar suas alegações finais nesta segunda, a advogada de Carroll instou o júri de um tribunal federal em Manhattan a responsabilizar Trump pelo ocorrido.

“Ninguém, nem mesmo um ex-presidente, está acima da lei”, afirmou a advogada Roberta Kaplan.

A defensora lembrou ao júri que sua cliente foi interrogada “por mais de dois dias e respondeu a cada pergunta”, em particular as “razões por não ter gritado” durante o suposto estupro que teria ocorrido há mais de 25 anos.

Trump, que sempre negou as acusações, não compareceu ao tribunal durante as audiências do julgamento.

Com informações do G1

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