Polícia

Homem conta que foi expulso de casa por se recusar a trabalhar para traficantes no RJ: ‘Deram uma hora para eu sair da minha casa’

Homem conta que foi expulso de casa por se recusar a trabalhar para traficantes no Rio: ‘Deram uma hora para eu sair da minha casa’

Um homem que foi expulso da comunidade onde morava por traficantes deu um relato chocante da situação para o RJ2. Ele teve que deixar tudo para trás depois de não aceitar trabalhar para os criminosos, que queriam que ele assumisse a associação de moradores da região.

Agora sem emprego, sem casa, não consegue sustentar a família e vive o medo diário da violência.

O homem conta que recebeu uma proposta para trabalhar para os criminosos porque é “popular e articulado”. “Eles têm costume de falar que quem não está com eles, está contra eles. Só que eu nunca fui envolvido com nada na minha vida”, afirmou.

Ele conta que, quando foi expulso, os criminosos deram apenas uma hora para ele sair de casa.

“Eu estava na minha casa foram um carro com quatro homens de fuzil e me deram uma hora para eu sair da minha casa. Eu saí sem levar nada. Eu tenho filhos. Assim como eu, muitos já foram expulsos de lá. Muitos já sumiram e ninguém sabe aonde está o corpo”, lembra.

Depois da mudança repentina, ele conta que está passando necessidades, já que seu dinheiro estava investido em uma reforma na casa que teve que abandonar.

“De repente, minha vida virou de cabeça pra baixo dessa forma. Eu tenho medo, eu perdi tudo. Eu perdi minha casa. De lá pra cá, meus filhos já mudaram de escola umas duas vezes. Eu me desempreguei. Não tenho da onde tirar nada. Tô morando numa casa que me emprestaram, mas eu tenho que pagar luz e tenho que pagar condomínio. E eu tô sem saber o que está sendo da minha vida”, afirma.

“Hoje eu não tenho nada. Hoje eu não tenho uma cama pra dormir. Eu não tenho nada! Não tenho nada!. Hoje eu saí da minha casa, minha filha não tem um leite e ela precisa de uma mistura para o mingau dela. Estou há 4, 5 dias sem gás, esperando alguém aparecer. Eu tô sendo um mendigo na Terra depois de ter trabalhado tanto, a minha vida toda”, lamenta o homem.

A Defensoria Pública do Rio disse que está a disposição para prestar orientação e assistência jurídica a qualquer vítima de violência e que faz encaminhamento para serviços de proteção.

Fonte G1 Noticias

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