Polícia

Mulher trans mata amigo, assume identidade dele e rouba R$ 1 milhão

Na última segunda-feira, 29, a Polícia Civil de São Paulo prendeu uma mulher trans de 49 anos acusada de ter matado o amigo e assumido a identidade dele para ficar com os bens da vítima. A investigação aponta que Maryana Elisa Rimes Paulo teria movimentado o equivalente a R$ 1 milhão do patrimônio do amigo morto, Marcelo do Lago Limeira, por mais de um ano. Após a descoberta do caso, um homem apontado como comparsa de Maryana está foragido.

A polícia cita que, de acordo com as informações apuradas, Maryana, que é cantora e maquiadora, teria conhecido Marcelo em festas. O homem vivia sozinho e havia começado o processo para fazer a transição de gênero.

Marcelo recebia ajuda financeira de uma tia e tinha alguns imóveis alugados em nome dele. No entanto, em maio de 2021 ele teria feito a primeira cirurgia no rosto do processo de feminização facial e, depois do procedimento, foi visto entrando em casa pela última vez. Ele estaria com o rosto coberto por causa da cirurgia.

A polícia destaca que, logo em seguida, Maryana passou a morar na casa, para fingir que estava cuidando dele. Porém, ela teria matado matou o amigo com doses excessivas de remédios e colocou em prática o plano de assumir a identidade e os bens da vítima com ajuda do homem apontado como comparsa, Ronaldo Bertolini, para se livrar do corpo. A dupla alugou uma chácara em Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, e queimou o corpo de Marcelo.

Maryana Elisa Rimes e o amigo Ronaldo Bertolini (à direita), que está foragido

Maryana e Bertolini, de acordo com a polícia, ainda tentaram enterrar os ossos da vítima depois, mas acabaram abandonando os restos mortais do homem em uma estrada. Ao voltar para a cidade, Maryana assumiu o lugar do amigo e enganou funcionários do cartório. Dessa forma, ela passou a receber o dinheiro dos aluguéis das casas de Marcelo, além da mesada que a tia dava a ele todo mês. Ela alugou a casa onde o homem morava e vendeu o carro dele com uma procuração falsa.

Porém, em abril deste ano, Maryana tentar movimentar dinheiro da vítima e apresentar a mesma procuração no banco. Porém, a gerente do local, que conhecia Marcelo, suspeitou de algo errado e avisou a polícia. Os investigadores apuraram que Maryana e seu comparsa movimentaram cerca de R$ 1 milhão da vítima.

A defesa da acusada afirmou que a investigação está em andamento e que qualquer informação neste momento pode atrapalhar o trabalho da polícia. Disse, ainda, que vai se manifestar de forma mais completa depois de concluídos todos os atos legais. Maryana e Ronaldo Bertolini devem responder a processo pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos

Com informações do G1

Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *