Polícia liberta mãe e filhos mantidos 17 anos em cárcere privado
Nesta quinta-feira, 28, agentes da Polícia Militar resgataram uma mãe e seus dois filhos, que eram mantidos há 17 anos em cárcere privado na cidade de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. Os policiais encontraram as vítimas dentro de uma casa após uma denúncia anônima.
Segundo a PM, a mulher era casada com o suposto sequestrador, e tinha dois filhos com ele. No local, a PM encontrou os filhos amarrados, sujos e subnutridos. Ainda segundo os agentes, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para prestar atendimentos aos três, que foram encaminhados para o Hospital Municipal Rocha Faria. O suspeito foi detido na 43ª DP, em Guaratiba, onde o caso é investigado.
De acordo com as investigações preliminares, os filhos, além de subnutridos, viviam amarrados dentro da casa que apresentava sinais de pouca estrutura, sem piso e pintura nas paredes. O menino tem 19 anos e a menina, 22. Em um dos cômodos, que era utilizado aparentemente como quarto, a polícia encontrou uma cama enferrujada com dois colchões de solteiro, roupas de cama rasgadas e tinha marcas de ferrugem e desgaste. Testemunhas disseram aos policiais que, o pai dos meninos dizia ser lanterneiro e costumava ouvir música alta.
“A situação foge da realidade. Difícil de compreender. Recebemos uma denúncia anônima de que uma família estava sendo mantida em cárcere privado. Quando a guarnição entrou na casa, encontrou dois jovens amarrados pelos pés e sujos. Havia até fezes no local. Inicialmente, pensávamos que eram crianças, tal era o nível de desnutrição da moça e do rapaz”, descreveu o chefe do setor operacional do 27º BPM, capitão William Oliveira.
Ainda conforme informou o capitão, a mãe do casal também era mantida presa dentro da residência. O marido teria dito aos policiais que não fez nada de errado.
“Ele nos disse que os filhos eram doentes mentais e precisavam estar presos. Quando conversamos com a senhora, ela nos disse que ela e os filhos não saiam de casa há 17 anos. Provavelmente, eles viviam sendo agredidos, mas isso será a Polícia Civil quem irá constatar. O ambiente da casa é um horror. Um imóvel simples, quase sem móveis, sujo e com mau cheiro. A gente que já pensa que viu de tudo nessa vida, nunca imagina que haja algo tão assustador!” comentou o capitão.
Com informações do Pleno News