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Paciente de médico preso grava vídeo no hospital e faz apelo por transferência: ‘não aguento mais esse sofrimento’

Daiana Chaves Cavalcanti, de 36 anos, afirmou que deseja sair do Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada. Internada após complicações causadas por uma cirurgia estética, ela fez um apelo em vídeo afirmando que a pele necrosou e que o médico que a atendeu acabou com seus planos. As imagens foram exibidas no programa “Encontro”.

“Quando ele fez o meu peito, que eu fiquei super feliz, que eu juntei dinheiro para poder realizar o meu sonho. Infelizmente, necrosou tudo. Estou aqui muito triste, já chorei. Não aguento mais chorar”, afirmou Daiana.

O cirurgião Bolívar Guerrero Silva está e é investigado por mantê-la em cárcere privado.

A paciente disse que o filho de 2 anos precisa da presença da mãe. Ela não vê a criança desde junho, quando foi internada.

“Eu peço muita ajuda para vocês, que me ajudem a sair daqui, que é isso que eu preciso ser transferida, sair daqui. Porque eu tenho um filho de 2 anos que precisa de mim. Eu não aguento mais esse sofrimento”, disse a paciente.

 A polícia também acredita que a vítima estaria sendo mantida no hospital para ocultar uma atividade criminosa do médico.

“Estou com saudade da minha família. Eu só quero ir embora daqui desse lugar, eu só quero ter minha vida normal lá fora. Esse médico acabou com meu sonho”, pediu Daiana.

Em depoimento à Polícia Civil, o médico negou que a paciente era mantida em cárcere. Ele disse que foi a mulher quem não quis ser transferida e afirmou que dava toda a assistência para ela.

Bolívar alega que não houve erro médico e que não foi mantida em cárcere privado. Que ela tinha acompanhante e acesso ao telefone celular.

Uma amiga de Daiana afirmou em depoimento que o médico fazia chantagem com a paciente para dificultar a transferência.

A testemunha contou aos investigadores da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) que ela estava sendo mantida isolada por causa do cirurgião, que dizia que não usaria a máquina para drenagem da secreção expelida pelo corpo da vítima.

Funcionários também prestaram depoimentos. Uma profissional chegou a ser questionada se Daiana estava sendo mantida na unidade de saúde por livre e espontânea vontade. Ela disse que nenhum paciente é obrigado a permanecer no hospital. A mulher contou que, mesmo quando não há alta médica, o paciente pode sair da unidade assinando um documento de alta à revelia.

A primeira, na esfera cível, do dia 14 de julho, que determinava que o Hospital Santa Branca e o médico fizessem a transferência da paciente, sob pena de multa de R$ 2 mil em caso de descumprimento.

Na segunda-feira (18), a Justiça concedeu uma outra liminar, dessa vez na esfera criminal. Mas, ainda assim, Daiana não conseguiu sair do Santa Branca.

g1

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