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Plínio Valério critica Lula e chama COP30 de “grande enganação” ao reagir à privatização do rio Tapajós

Senador do Amazonas acusa o governo Lula de “entregar” rios amazônicos ao capital privado por meio do Decreto nº 12.600, que inclui o Tapajós, o Tocantins e o Madeira no Programa Nacional de Desestatização.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) realçou nesta terça-feira, 04, suas críticas à privatização do rio Tapajós, defendida pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, conforme Decreto nº 12.600, e disse que a COP30, que será realizada em Belém (PA) é uma grande enganação.

O estopim da nova incursão articulada pelo parlamentar amazonense foi um comentário do presidente que teria conclamado o povo brasileiro a conhecer a Amazônia enquanto navegava pelo rio Tapajós na embarcação Iana 3.

“Concordou com o presidente de que o brasileiro precisa conhecer a Amazônia. Eu também convido o brasileiro possa “amá-la” (a Amazônia) e defendê-la antes que ele seja entregue”, disparou irônico.

Apesar de concordar com o presidente mesmo em tom galhofa, Plínio Valério insinuou que a manifestação de Lula funciona como estratégia de retórica para que o povo esqueça que líder petista pretende privatizar o rio Tajajós. “Aquele belo rio do Pará, assim como o Tocantins e o rio Madeira, no Amazonas”, destaca.

“Vai ver que esse apelo, dele, (o presidente) é para que o brasileiro conheça o Amazonas antes que ele seja entregue. Eu reforço o pedido porque você, brasileiro e brasileira, vai amar e defender e não deixar que esse show de hipocrisia permaneça. A COP30 é enganação”, sustenta.

Sobre a privatização de rios

Em 28 de agosto de 2025, o governo Lula assinou o Decreto nº 12.600 que inclui as hidrovias dos rios Madeira, Tocantins e Tapajós no Programa Nacional de Desestatização (PND) e abre o caminho para concessões privadas via leilões bilionários.

Na prática, significa que alguns dos rios mais estratégicos da Amazônia passam a ser vistos como ativos de mercado, destinados a atrair grandes grupos logísticos e operadores do agronegócio.

Para o governo, trata-se de um passo ousado rumo à modernização da infraestrutura nacional. Para críticos, uma entrega de patrimônio natural e estratégico ao capital privado.

A privatização do Rio Tapajós é vista como uma estratégia para modernizar a logística do agronegócio, reduzindo custos de transporte e aumentando a competitividade. No entanto, essa decisão gerou forte oposição de comunidades indígenas e ambientalistas, que alertam sobre os impactos negativos, como o aumento do desmatamento e a degradação ambiental. Líderes indígenas expressaram que a privatização não atende às necessidades das comunidades locais, mas sim aos interesses de grandes empresas do agronegócio.

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