Servidor e esposa são proibidos de se aproximar de universitária após denúncia de assédio em SC
A decisão judicial determina distância mínima de 200 metros e veda contato digital em Curitibanos, no Meio-Oeste
A Vara Criminal da comarca de Curitibanos, no Meio-Oeste de Santa Catarina, decidiu impor medidas restritivas contra um servidor público federal e sua esposa, acusados de assediar, perseguir e difamar uma estudante universitária.
A decisão, tomada na terça-feira (2), foi pedida pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), que destacou o risco à saúde emocional da jovem.
Denúncia de assédio
Segundo a universitária, o servidor fez comentários de cunho sexual, tocou nela sem consentimento, a seguiu dentro do campus e tentou controlar seus horários. Ela também disse que passou a ser difamada pela esposa dele, que ia até o local de trabalho da jovem para encará-la de forma intimidadora.
Mesmo após o servidor ser afastado administrativamente, a estudante relatou que continuou sendo perseguida na universidade.
As medidas da Justiça
O juiz determinou que o servidor e a esposa não podem se aproximar a menos de 200 metros da estudante nem manter contato por qualquer meio, seja pessoal ou digital. Se a decisão for descumprida, eles podem até ser presos preventivamente.
Por que a decisão foi tomada
O magistrado destacou a gravidade do caso e a posição de poder do servidor em relação à estudante. Segundo ele, as medidas servem para proteger a vítima e garantir um ambiente universitário seguro.
A decisão foi tomada em caráter de urgência, sem ouvir os suspeitos antes. O caso veio à tona logo após as ações do Agosto Lilás, campanha que reforça a luta contra a violência contra a mulher.