Mundo

Após descobrir operação militar dos EUA, Nicolás Maduro é levado para bunker secreto na Venezuela em meio a tensão crescente

Movimentação de drones e aeronaves em bases estratégicas intensifica pressão contra o regime chavista, enquanto Washington amplia recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões

Apesar de a informação de que Nicolás Maduro teria se abrigado em um bunker de segurança máxima em Caracas estar sendo noticiada por diversos canais, o governo da Venezuela ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Não se espera que a localização seja revelada, tampouco que haja confirmação sobre o período de permanência ou mesmo se o presidente foi de fato transferido para o abrigo subterrâneo. Maduro foi visto em público pela última vez na sexta-feira (15), durante a exposição Expo Simón: De niño a Libertador, realizada em Caracas.

Operação militar dos EUA

A ação norte-americana envolveu o deslocamento de drones e aeronaves militares para bases estratégicas localizadas em Porto Rico, Panamá, Colômbia, Bahamas e Antilhas. Fontes militares afirmam que a movimentação faz parte de uma pressão crescente sobre o regime chavista, em um momento de intensificação do confronto diplomático e estratégico entre Washington e Caracas.

A informação foi divulgada por portais como o “cm7brasil”, que destacaram ainda que a operação teve impacto imediato no cenário interno da Venezuela. Após os anúncios, setores da população começaram a pressionar o governo de Maduro, em meio a protestos e críticas à gestão atual.

Além da ação militar, a população venezuelana enfrenta um agravamento da crise interna, com inflação galopante, escassez de alimentos e denúncias de repressão política, o que aumenta o clima de tensão no país.

Recompensa ampliada contra Maduro

A operação coincidiu com a decisão dos Estados Unidos de aumentar a recompensa por informações que levem à captura de Maduro. O valor passou de US$ 15 milhões para US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões), segundo comunicado oficial do Departamento de Estado norte-americano.

As acusações incluem envolvimento no tráfico internacional de drogas, suposta participação no “Cartel de los Soles” e conexões com organizações criminosas como o Tren de Aragua e o cartel mexicano de Sinaloa. A ampliação da recompensa é vista como uma demonstração da determinação dos EUA em intensificar a pressão sobre o presidente venezuelano.

A medida reforça a estratégia de isolar o governo de Caracas internacionalmente, ao mesmo tempo em que amplia as sanções econômicas que já atingem setores estratégicos da economia venezuelana.

Estratégia de isolamento internacional

De acordo com analistas internacionais ouvidos por veículos da imprensa latino-americana, o deslocamento de equipamentos militares para países próximos à Venezuela se encaixa em uma política de pressão multifacetada de Washington, que combina elementos militares, econômicos e diplomáticos.

Além do envio de aeronaves, os EUA mantêm sanções severas que dificultam transações comerciais e financeiras do governo chavista. A medida busca enfraquecer o regime de Maduro, acusado reiteradamente de violações de direitos humanos e má gestão econômica.

No cenário interno, o país enfrenta sérias dificuldades. A crise social se soma ao isolamento político internacional, ampliando a incerteza sobre o futuro do regime.

Publicidade