Prefeitura de Manaus fecha operação com mais de 2 mil famílias atendidas em bairros e comunidades ribeirinhas
A Prefeitura de Manaus concluiu, nesta terça-feira, 22/7, a nova fase da “Operação Cheia 2025” com 2.283 famílias atendidas diretamente com cestas básicas, kits de higiene e limpeza, tanto em áreas ribeirinhas como nos bairros urbanos mais afetados pela cheia do rio Negro, que atingiu 29,05 metros em 5 de julho, nível classificado como inundação severa.
Além da ajuda emergencial, a estrutura de prevenção funcionou. A Defesa Civil construiu mais de 3 mil metros de pontes, mapeou 2.264 famílias em situação de risco e articulou ações com outras secretarias. A Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) removeu quase 5 mil toneladas de resíduos dos igarapés nos primeiros seis meses do ano, e a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) desobstruiu 4.890 bueiros, medidas que ajudaram a reduzir os pontos de alagamento na área urbana.
Com a vazante já confirmada e em curso, a operação entra em nova fase. Conforme o vice-prefeito de Manaus, Renato Junior, a missão continua. “Tem lugar que não aparece no mapa, mas aparece na nossa rota. Em tempos de extremos climáticos, fazer presença virou prioridade. E, onde houver um manauara precisando, a gestão do prefeito David Almeida chegará para prestar a ajuda necessária”, afirma.
Assistência
Só nos bairros Presidente Vargas, Educandos, São Jorge e Mauazinho, a Defesa Civil contabilizou 1.363 famílias beneficiadas com ajuda humanitária. E, nas regiões mais isoladas, o Fundo Manaus Solidária alcançou outras 920 famílias em 37 comunidades dos rios Negro e Amazonas, lugares onde, muitas vezes, o poder público não chega nem de barco, mas chegou dessa vez.
Na Comunidade São Francisco de Mainã, por exemplo, às margens do lago do Puraquequara, os relatos são de gratidão e surpresa. “É uma alegria muito grande ver as equipes aqui, representando a prefeitura. Essa ajuda chega na hora certa”, disse Francisco da Silva, de 67 anos, pescador aposentado e hoje agricultor. O sentimento foi compartilhado por Joanny da Silva Leite, merendeira da escola local. “Ter o poder público aqui faz toda a diferença”, disse.
A logística da operação exigiu planejamento cirúrgico e atravessou dois dos maiores rios da região para garantir apoio emergencial a 37 comunidades ribeirinhas. No Rio Negro, foram atendidas as comunidades Chita (Mucura), Santa Maria, São Francisco Solimõezinho, Bela Vista Jaraqui, Costa do Arara, Caioé, Tatulândia, Coração de Maria, Monte Sinai, Nova Jerusalém (Mipindiaú), Nova Canaã Arauá, São Francisco Arauá, Apuaú, Santa Isabel, Lindo Amanhecer, São Sebastião do Cuieiras, Nova Canaã Cuieiras, Três Unidos Cuieiras, Nova Esperança e Pagodão.
No Rio Amazonas, a operação chegou às comunidades de Bom Sucesso, Santa Rosa, Nossa Senhora do Carmo, Canaã, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nova Cesárea, Caramuri, Santa Luzia do Tiririca, Monte Horebe, Nova Esperança, Nova Vida, São Pedro, São Francisco Tabocal, Assentamento Nazaré, São Raimundo, União e Progresso e Jatuarana.
A maioria dessas localidades vive de agricultura familiar, pesca e extrativismo, e enfrenta, ano após ano, o duplo desafio da cheia e da seca extrema, o que torna a presença do poder público nesses territórios não apenas necessária, mas vital.
Para Juciane Corrêa a ação veio em boa hora diante da situação crítica que estão passando. “A baixada que eu moro está totalmente alagada. As pontes imersas, por isso, essa ajuda é muito importante mesmo para nós. Chegou num bom momento para mim, para minha família, e para as outras famílias também. Estou muito feliz, muito agradecida por receber esse presente da prefeitura de Manaus, é gratificante essa bênção que chegou até nós que fomos atingidos pela cheia”, relatou Juciane.




