Tudo liberado? Saiba como funcionam as pousadas onde a pegação é livre
Piscina aquecida, festas animadas, banho de espuma e muita liberdade sexual. Essa é a proposta das pousadas liberais, um tipo de hospedagem que tem se popularizado entre casais e solteiros que buscam experiências fora dos padrões convencionais — sem deixar de lado segurança, respeito e consentimento.
Diferente de motéis ou baladas de swing, essas pousadas oferecem hospedagem
completa, com quartos confortáveis, refeições e programação ao longo de todo o dia. A grande diferença está na liberdade permitida nas áreas comuns: é possível ficar nu e ter relações sexuais em praticamente todos os ambientes, desde que respeitadas as regras do local e o consentimento dos demais.
Mais do que swing: fantasias e conexão
Frequentador do meio liberal há cerca de 10 anos, Felipe dos Santos, 32, conta que ele e a esposa, Márcia Bongiovanni, 31, optaram por esse estilo de lazer para “apimentar a relação”. “Começamos pelas festas, depois conhecemos a pousada RioZin e nos encantamos. Lá é mais tranquilo e a conexão com as pessoas é mais profunda”, explica.
Rodrigo Menezes, sócio-fundador do RioZin, hotel liberal localizado na Barra da Tijuca (RJ), afirma que o público busca liberdade em um ambiente controlado. “Tem ménage, voyeurismo e outras fantasias. Mas sempre com muito respeito”, afirma. No Villamor, resort vizinho à praia de nudismo de Tambaba (PB), o objetivo também é proporcionar um espaço seguro para a vivência de fantasias.
Regras rígidas para garantir respeito
Apesar do ambiente permissivo, a organização nas pousadas liberais é levada a sério. Termos como darkroom, glory hole e labirintos eróticos fazem parte da estrutura, mas tudo dentro de regras claras:
- Nudez só nas áreas internas;
- Filmagens e fotos sem permissão são proibidas;
- Toques e beijos apenas com consentimento;
- Sexo por dinheiro não é permitido;
- Interações íntimas devem ser consensuais e previamente combinadas.
“Temos seguranças em todos os ambientes. Quem desrespeita as normas pode ser convidado a se retirar”, reforça Rodrigo.
Preços e perfis
As pousadas atraem, principalmente, casais heterossexuais, embora o espaço também acolha pessoas LGBTQIA+. Em locais como o RioZin, homens solteiros pagam mais caro — estratégia usada para equilibrar o público.
- RioZin (RJ):
- Day use: R$ 400 (homens solteiros), R$ 180 (casais), R$ 70 (mulheres solteiras)
- Diária fim de semana: a partir de R$ 550
- Villamor (PB):
- Day use: R$ 500 por casal
- Diária: cerca de R$ 800
- Algumas áreas, como a piscina, exigem nudez total
Ao chegar no hotel carioca, os hóspedes recebem até um manual de boas práticas. “Se for abordar um casal, fale primeiro com a pessoa do mesmo sexo e use sempre o plural. É uma forma de demonstrar respeito”, diz o empresário.
Experiências e descobertas
A estudante Daniela, 25, conhecida como Dely, conheceu o Villamor por curiosidade durante uma visita à praia de Tambaba. “Cheguei com um amigo e, de repente, todo mundo começou a se pegar na piscina, com naturalidade. No fim, só transei com meu amigo, mas fui convidada até para a hidromassagem”, conta.
Já Márcia diz que viver sua fantasia sexual com segurança transformou a relação com o marido. “Minha vontade era ver ele com outra mulher. Na pousada, me senti segura para isso. Ficamos ainda mais próximos.”