Manauara que morreu ao cair do 16º andar na Colômbia foi assassinada, afirma polícia
Mundo – A jovem manauara Geicimara de Almeida Gomes, conhecida como Geysa, de apenas 22 anos, foi vítima de feminicídio em Medellín, na Colômbia. Moradora do bairro Nova Esperança, na Zona Oeste da capital amazonense, Geicimara caiu do 16º andar de um edifício residencial no bairro Ciudad del Río no dia 10 de março deste ano. Inicialmente, a morte foi tratada como suicídio, mas as autoridades colombianas reabriram o caso após ouvirem testemunhas e identificarem inconsistências no local. Nesta semana, a investigação concluiu que a manauara foi assassinada. Segundo moradores do condomínio Parque Central del Río, Geicimara estava hospedada há alguns dias no apartamento onde tudo aconteceu. Testemunhas relataram à polícia que ouviram uma forte discussão antes da queda. Logo após o corpo atingir a praça central do condomínio, o companheiro da jovem deixou o local em um carro por aplicativo. Durante a perícia, foram encontrados documentos da vítima e de dois homens brasileiros, um deles identificado como o namorado de Geicimara — agora foragido. Ele fugiu do país levando dois celulares, o dele e o da jovem. Polícia confirma feminicídio A polícia colombiana reuniu imagens das câmeras de segurança, depoimentos de vizinhos e relatos dos seguranças do prédio. Com base nesse material, descartou a hipótese de suicídio e confirmou que Geicimara, a jovem manauara, foi vítima de feminicídio. O caso está sendo conduzido pela Promotoria da Área Metropolitana de Medellín, que já prepara o pedido de prisão internacional do suspeito. Comoção e pedidos por justiça A morte de Geicimara gerou grande comoção entre amigos e familiares em Manaus. Nas redes sociais, conhecidos pedem justiça pela jovem, que teria viajado à Colômbia para reencontrar o namorado. Mesmo longe de casa, a manauara deixou sua história marcada por uma tragédia que agora mobiliza autoridades de dois países. O caso levanta novamente o alerta sobre a violência de gênero e a urgência de proteção a mulheres brasileiras, dentro e fora do país.