Polícia

“Matou meu amigo trabalhador”: sargento mata por engano feirante que montava barraca para trabalhar; veja vídeo

Brasil – Um sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro matou um feirante que se preparava para trabalhar na Praça Panamericana, no bairro da Penha, Zona Norte da cidade, na manhã desse domingo (6). A vítima foi identificada como Pedro Henrique Morato Dantas, de 20 anos. Pedro era filho de um feirante conhecido e morava na região de Água Branca, na Zona Oeste.

Segundo testemunhas, o crime aconteceu após o policial militar, que estava de folga, sair de uma boate próxima acompanhado da esposa. O casal teria sofrido uma agressão no interior da boate e, assim, foram expulsos da casa noturna. No local do crime, equipes foram informadas pelo autor dos disparos que agiu em legítima defesa, uma vez que o feirante tentou esfaqueá-lo. Natália Regina, esposa do policial, acusou Pedro como autor da agressão no interior da boate, levando assim aos disparos na Praça. Uma mulher gravou um vídeo minutos após o assassinato, mostrando o policial militar dentro da viatura da PM. Nas imagens também é possível ver a esposa do agente zombando da gravação. “A gente trabalhando na barraca do pastel, meu amigo trabalhador, que frita. Um cruel veio, diz ele que confundiu com o assalto que teve. Olha, matou meu amigo trabalhador”, disse a mulher enquanto gravava no celular.

O 3º sargento da PMERJ, de 39 anos, e a esposa Natália Regina Teles Novo Pires, de 35 anos, foram encaminhados à 22ª DP e posteriormente para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para prestar depoimento. Em nota, a PM informou que de acordo com o comando do 16° BPM (Olaria), equipes da unidade foram acionadas para verificar uma ocorrência envolvendo disparos de arma de fogo na Praça Panamericana, na Penha. No local, os policiais encontraram um homem ferido. O Corpo Bombeiros foi acionado e constatou o óbito. A Corregedoria da Corporação foi acionada e um procedimento apuratório interno foi instaurado. A Polícia Militar informou ainda que o comando da corporação reitera que não compactua com cometimento de excessos e crimes realizados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos.

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