Prefeitura de Manaus finaliza Plano de Contingência das Arboviroses
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), finalizou o Plano de Contingência das Arboviroses para o ano de 2025, que tem como objetivo garantir uma ação rápida e integrada dos serviços de atenção e vigilância em saúde no controle de doenças.
As arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos, como é o caso do Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika. Para 2025, o plano incluiu ainda as ações de prevenção e controle da febre do mayaro e febre do oropouche.
A chefe da Gerência de Vigilância Epidemiológica (Gevep/Semsa), Viviana Cláudia Almeida, explica que o plano prevê uma série de ações que vão maximizar a capacidade da rede de saúde para atuar em diferentes cenários de risco, impactando positivamente no controle do adoecimento e morte por arboviroses.
“O Plano de Contingência é um instrumento de gestão que garante que, independentemente do cenário, a rede de saúde vai responder de forma rápida e eficaz, adaptando as ações de acordo com a necessidade do momento”, informa Viviana Almeida.
As ações previstas no plano apontam respostas da rede de saúde em atuação no nível de resposta inicial, chamado de cenário verde, em que há aumento de incidência de casos prováveis, sem óbitos; no nível de alerta (cenário amarelo), com aumento de incidência de casos prováveis e ocorrência de óbitos em investigação; e no nível de emergência (cenário vermelho), com aumento de casos e óbitos confirmados.
“Com o Plano de Contingência, a gente pensa nos cenários e se planeja para cada um deles. Do cenário mais simples, onde há o controle das arboviroses, até aquele em que os casos aumentam intensamente, como tem acontecido no sudeste do país, inclusive com muitos óbitos”, explica Viviana Almeida.
Para cada cenário, deverão ser executadas ações relacionadas à vigilância epidemiológica e laboratorial, vigilância entomológica, controle laboratorial, rede de Atenção à Saúde, comunicação, mobilização social e educação em saúde.
De acordo com a gerente, o Plano de Contingência, que será publicado no site da Semsa (semsa.manaus.am.gov.br), também apresenta o cenário entomológico, relacionado à análise do conjunto de informações relativas aos vetores de transmissão das arboviroses, como o mosquito Aedes aegypti, identificando áreas de infestação e períodos de aumento populacional do vetor. Além do cenário entomológico, há o cenário epidemiológico com informações sobre casos de dengue, chikungunya, zika, febre do mayaro e febre do oropouche.
“As ações de prevenção e controle das arboviroses dependem do cenário entomo-epidemiológico (vetor e doença) no município de Manaus. O Plano de Contingência de 2025, por exemplo, passou a incluir cenários envolvendo a ocorrência de febre do oropouche e febre do mayaro, não só dengue, zika e chikungunya. A alteração ocorreu considerando que ano passado tivemos mais casos de oropouche do que de dengue com comprovação laboratorial. Este ano, ainda não tivemos casos de oropouche, mas já tivemos de febre mayaro”, esclarece Viviana.
Os dados do Informe Epidemiológico das Arboviroses em Manaus, divulgado no dia 18 de fevereiro, mostram que Manaus registra este ano 205 casos confirmados de dengue, três casos de febre do mayaro e 12 casos de chikungunya confirmados. Não há registro ainda de casos confirmados de zika ou oropouche este ano no município.
“A febre do mayaro é uma febre silvestre, não era considerada uma doença urbana. Mas com desmatamentos, queimadas e ocupações desordenadas, esse cenário está mudando e é necessário reforçar a preparação da rede de saúde para o controle da arbovirose”, destacou Viviana Almeida.
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