“Caguei para prisão”, diz Bolsonaro em 1º discurso após receber denúncia da PGR; veja vídeo
Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta quinta-feira (20/2) que não se preocupa com uma eventual condenação pela suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Durante um evento do Partido Liberal (PL) em Brasília, Bolsonaro afirmou: “Caguei para prisão”, minimizando a recente denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele e mais 33 pessoas.
Essa foi a primeira vez que o ex-presidente discursou após a PGR formalizar a acusação na última terça-feira (18/2). De acordo com a denúncia, Bolsonaro teria integrado uma organização criminosa com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e perpetuar-se no poder. Especialistas consultados pelo Poder360 estimam que o ex-presidente pode pegar de 12 a 43 anos de prisão, caso seja condenado. Ele é acusado de cinco crimes: Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Golpe de Estado; Integrar organização criminosa armada; Dano qualificado contra o patrimônio da União; Deterioração de patrimônio tombado. Apesar da gravidade da denúncia, Bolsonaro evitou se aprofundar sobre uma eventual prisão. Ele afirmou que seu principal objetivo é trabalhar pela anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e pediu apoio da militância para pressionar o Congresso. O ex-presidente também mencionou as manifestações marcadas para 16 de março, incentivando seus aliados a participarem. Evento do PL e relação com big techs O evento em que Bolsonaro discursou foi o “1º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal”, promovido para debater estratégias do partido nas redes sociais. Estiveram presentes representantes de empresas como X (ex-Twitter), Google e Kwai, além de prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais, e futuros candidatos do PL que planejam disputar as eleições de 2026. No local, banners enfatizavam a parceria entre o partido e as plataformas digitais, com frases como “O Partido Liberal e as big techs unidos pela liberdade de expressão” e “As maiores big techs do mundo com o maior partido do Brasil”. Um dos principais pontos discutidos no seminário foi o uso das redes sociais para alavancar campanhas eleitorais. Métodos de impulsionamento digital e estratégias de comunicação foram abordados pelos representantes das big techs, evidenciando a importância do ambiente virtual para as próximas eleições.