Após covid-19, vírus deixa China em alerta sanitário novamente
Casos de HMPV crescem na China, gerando alerta sobre infecções respiratórias graves em crianças e populações de risco.
A China enfrenta um aumento significativo de casos de metapneumovírus humano (HMPV) entre crianças e adolescentes de até 14 anos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país. Esta infecção viral, conhecida por causar sintomas respiratórios como tosse, febre e nariz entupido, pode evoluir para complicações graves, como bronquite e pneumonia, especialmente em populações vulneráveis.
O HMPV, descoberto em 2001, pertence à mesma família do vírus sincicial respiratório (RSV) e, atualmente, é uma das quatro infecções virais mais comuns nos hospitais chineses.
Apesar do aumento das infecções, as razões para essa escalada ainda são incertas, conforme apontado por especialistas locais e internacionais.
Riscos e prevenção
Andrew Easton, professor de virologia da Universidade de Warwick, destaca que mudanças no padrão ou incidência do vírus são preocupantes.
Ele afirma que estudos adicionais são necessários para identificar se o aumento se deve a comportamentos sociais, como maior exposição ao vírus, ou a possíveis alterações genéticas no HMPV, embora mutações significativas sejam consideradas improváveis até o momento.
Sem vacinas ou tratamentos antivirais específicos, o manejo do HMPV é limitado a medidas de suporte, como controle de sintomas e estabilização dos sinais vitais.
A prevenção, por sua vez, segue princípios básicos de higiene, como lavar as mãos regularmente, evitar contato próximo com pessoas infectadas e cobrir a boca ao tossir ou espirrar.
Populações vulneráveis
Crianças pequenas, idosos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos estão entre os mais suscetíveis a sintomas graves. Nos Estados Unidos, o CDC alerta para os riscos elevados que o HMPV representa para essas populações.
Atenção global
Embora o aumento de casos esteja concentrado na China, o alerta se estende globalmente, uma vez que o HMPV já é reconhecido como uma preocupação de saúde pública em populações de risco desde sua descoberta. Especialistas enfatizam a importância de monitorar os padrões de infecção e investigar as possíveis causas desse surto para evitar impactos mais amplos.