Mãe de Elon Musk fala sobre proximidade entre Donald Trump e o filho bilionário: ‘Alguém em quem pode confiar sem segundas intenções’
Presidente eleito anunciou em novembro que Musk comandará Departamento de ‘Eficiência Governamental’ dos EUA, inédito na Casa Branca, ao lado de Vivek Ramaswamy
Futuro chefe do Departamento de “Eficiência Governamental” dos Estados Unidos, o bilionário Elon Musk tem passado cada vez mais tempo com ao lado do presidente eleito Donald Trump, que escolheu e anunciou a pasta comandada por Musk e Vivek Ramaswamy em novembro. A amizade entre os dois é apreciada e compartilhada pela mãe do bilionário, a modelo e nutricionista Maye Musk, de 76 anos.
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Em entrevista ao canal Fox Business, nesta quinta-feira, Maye disse que o filho e Donald Trump “realmente se dão bem”. Elon Musk tem aparecido mais em encontros oficiais com o presidente eleito. Além disso, eles estiveram juntos em lançamentos de foguetes da SpaceX, evento de luta no UFC e até um jantar de Ação de Graças em Mar-a-Lago.
— Acho que Trump gosta de alguém em quem ele possa confiar completamente, que não tenha segundas intenções — disse Maye, na entrevista.
E a modelo também tem se aproximado da família Trump, que descreve como “adorável, gentil, doce, generosa, interessante e de fala mansa”.
— Acho que Trump só quer que tudo seja honesto e transparente, para que você saiba para onde seus impostos estão indo. Ele não vai ser cruel com as pessoas — disse Maye à Fox Business: — Acho que todos vamos ficar mais felizes.
Musk investiu R$ 1,5 bilhão em campanha
Na última semana, documentos federais revelaram que Elon Musk gastou mais de R$ 1,5 bilhão nos meses finais da eleição deste ano para ajudar Donald Trump a vencer a presidência. A quantia representa uma fração da fortuna de Musk, mas ainda assim é um montante impressionante vindo de um único doador, que direcionou o dinheiro para grupos aliados e agora desempenha um papel na definição da próxima administração.
Um dos movimentos mais audaciosos de Musk — revelado apenas nesta quinta-feira — foi gastar R$120 milhões para sustentar um super PAC nomeado em homenagem a Ruth Bader Ginsburg, a falecida juíza liberal da Suprema Corte. O grupo buscava ajudar Trump suavizando suas posições antiaborto.
A maior parte do dinheiro doado por Musk foi para seu principal super PAC, o America PAC, com três cheques de R$150 milhões cada, emitidos nas semanas finais da corrida eleitoral, de acordo com os novos registros na Comissão Federal Eleitoral. Musk também gastou R$243 milhões em cheques juridicamente controversos para eleitores de estados decisivos que assinaram uma petição em apoio à Constituição.
Ao longo da campanha, Musk doou ao America PAC impressionantes R$1,434 bilhão, entre contribuições em dinheiro e doações em espécie.
Departamento de ‘Eficiência Governamental’
Elon Musk chefiará o Departamento de “Eficiência Governamental” dos EUA, apelidado de “DOGE”. O cargo inaugura um posto inédito no Gabinete presidencial e se soma a uma série de nomes controversos divulgados esta semana.
O dono da SpaceX foi um dos principais apoiadores da campanha republicana neste ano e a sua participação na Casa Branca em um eventual governo trumpista já havia sido indicada numa live entre os dois na rede social X, adquirida por Musk em 2022. Na ocasião, o magnata exaltou a demissão em massa feita por Musk após a compra da empresa como uma das suas qualidades para um eventual cargo no governo.
Musk comandará a pasta ao lado do também empresário Vivek Ramaswamy, que chegou a disputar as primárias do Partido Republicno contra Trump este ano, mas abandonou a disputa no início. Bilionário do setor de biotecnologia, Ramaswamy é filhos de imigrantes indianos e se posicionou contrário a qualquer tipo de imigração irregular.
Durante o anúncio, feito pelo presidente eleito em comunicado à imprensa, Trump disse que eles permitirão o desmantelamento da “burocracia do governo”.
“Juntos, esses dois americanos maravilhosos abrirão o caminho para que minha administração desmantele a burocracia do governo, reduza o excesso de regulamentações, corte gastos desnecessários e reestruture as agências federais”, disse Trump. “Isso provocará ondas de choque em todo o sistema e em todos os envolvidos no desperdício do governo, que são muitas pessoas!”
Antes mesmo da oficialização de Musk no cargo, o bilionário já estava trabalhando com Howard Lutnick, copresidente da equipe de transição de Trump e um dos principais nomes cotados para o Tesouro. Ainda não está claro como funcionará o departamento, cuja proposta inicial é atuar como um escritório governamental que Musk supervisionaria de fora do governo, nem como ele será financiado.
Relação estreita
Logo após a projeção de vitória de Trump, na quarta-feira passada, a fortuna de Musk subiu mais de US$ 20 bilhões, com a elevação das ações da Tesla em 15%. Segundo uma estimativa da Forbes, a perspectiva de uma regulamentação mais flexível em negócios de seu interesse elevou o patrimônio líquido total de Musk, o homem mais rico do mundo, para US$ 314 bilhões.
Trump deixou claro em entrevistas recentes que usaria seu poder executivo para ajudar o empresário.
— Precisamos tornar a vida boa para nossos talentos, e ele é tão inteligente quanto se pode ser — disse Trump em um comício em Michigan em julho.