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Deputado Alberto Neto foi acusado de “agressões” e “abandono” pela ex

O deputado federal e candidato a prefeito de Manaus, Capitão Alberto Neto (PL-AM), foi acusado de “abandono de lar” após “diversas brigas em vias de agressões físicas”, no divórcio ajuizado pela ex-mulher, Débora Lima Lopes, em 2013. O processo judicial durou 10 anos, com diversos capítulos envolvendo o valor da pensão alimentícia dos dois filhos.

Neto disputa o segundo turno das eleições municipais contra o atual prefeito, David Almeida (Avante). Na última quarta-feira (16/10), Débora gravou e divulgou um vídeo no qual afirma que nunca foi agredida pelo ex-marido e que ele “nunca abandonou a família” ou “deixou a família passar necessidade”. “Estou indignada como estou sendo exposta, meus filhos sendo expostos”, disse.

Em 2013, Débora ingressou na Justiça contra o então marido com uma ação de divórcio judicial litigioso, com pedido de pensão alimentícia. Na ocasião, alegou que há quatro meses Alberto Neto “abandonou o lar conjugal, por se tornar impossível o convívio do casal, abalado por diversas brigar em vias de agressões físicas, desta forma, se torna imperioso o divórcio do casal”.

Em março de 2013, o divórcio litigioso foi transformado em consensual. O Núcleo de Conciliação das Varas de Família fez a audiência de conciliação do ex-casal, na qual ficou acertado que Alberto Neto pagaria pensão alimentícia aos dois filhos, referente a 30% do vencimento bruto.

Alberto Neto era major da Polícia Militar do Amazonas, à época do início do processo. Quando ele assumiu o cargo de deputado federal, em 2019, os filhos entraram com pedido judicial para que o desconto de 30% no vencimento bruto incidisse, também, sobre o salário de parlamentar. Representados pela mãe, os filhos do parlamentar cobravam R$ 33,2 mil que não teriam sido pagos e pediram prisão do pai se ele não quitasse o valor.

O deputado se manifestou contra, mas a 7ª Vara de Família atendeu a solicitação de Débora e determinou à Câmara dos Deputados que fizesse o desconto de 30% sobre a remuneração do deputado.

Em mais um capítulo da discussão judicial, em julho de 2021, as partes fecharam um acordo segundo o qual o deputado ficaria responsável pelo pagamento da educação dos filhos, pelo repasse mensal de R$ 1,8 mil à ex-mulher e pelo pagamento de pensão alimentícia referente a 30% da remuneração bruta de capitão da PM. Os advogados de Débora, porém, não concordaram com o acordo que, segundo eles, teria sido fechado sem supervisão da defesa.

A juíza da 7ª Vara de Família, Cleonice Fernandes de Menezes Trigueiro, extinguiu o processo em janeiro de 2023, após a autora, a ex-mulher do candidato a prefeito, abandonar a ação.

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