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Banco suspeito de lavar dinheiro também tem acionistas em Portugal

Matérias publicadas nesta terça-feira, 24, em portais de notícias do Sul do País, entre eles os Portais Ecco, Ardina.news e Jornal Negócios, apontam que uma investigação do Ministério Público de São Paulo revela um esquema de lavagem de dinheiro supostamente feita pelo Banco Luso Brasileiro em benefício do Primeiro Comando da Capital (PCC), classificada pelo jornal de “maior organização criminosa do Brasil”. O Banco Luso Brasileiro tem como sócio o empresário Rui Denardin, dono do Grupo Mônaco, que já tem extensa folha de processos na Justiça, além da família Amorim, de Portugal, que detém 33% das ações do banco.

O Jornal de Negócios revela que a família Amorim reduziu este ano a sua participação no Banco Luso Brasileiro de 49,2% para 32,8%, permitindo a entrada do grupo Mônaco, do empresário Rui Denardim. Além dos 16,4% adquiridos ao grupo português, o novo acionista também comprou 8,23% à RC Participações, da família Ruas, que passa a ser a maior acionista do Banco Luso Brasileiro, detendo 41% do capital.

Segundo a matéria do Jornal Negócios, o Banco Luso Brasileiro — que tem uma das holding da família Amorim liderada por Marta Amorim, como a segunda maior acionista, com uma participação de 32,8% —, citada pelo Ministério Público de São Paulo na investigação de um suposto esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com a publicação, estão na mira da Justiça brasileira depósitos acima de 20 milhões de reais (3,24 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), feitos em 2015, numa conta da holding MJS Participações, ligada à empresa de autocarros Transwolff, que é acusada de lavar dinheiro para o PCC.

A operação, diz a matéria, denomina-se “smurfing”, que, segundo o portal UOL, que já havia revelado o esquema, trata-se de uma “estratégia de lavagem de capitais que fraciona valores altos em quantias menores para dificultar a identificação de operação financeiras ilícitas”.

O Banco Luso Brasileiro, que tem também Marta Amorim como presidente do Conselho de Administração, alega, no entanto, que está em causa apenas “uma série de operações de financiamento absolutamente trivial a pequenos operadores de ônibus [autocarros] que atuam em regiões periféricas do município de São Paulo, como subcontratados de uma empresa licitada pela prefeitura”. “Por esse motivo, a empresa licitada contratada constava nos contratos como anuente”, acrescenta a instituição.

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