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Especialistas apontam deepfake em suposto vídeo de sexo entre Mel Maia e traficante vazado na web; confira

Na semana passada, a atriz Mel Maia, de 20 anos, foi alvo de perfis maliciosos nas redes sociais que espalharam um vídeo íntimo falso. A gravação, que supostamente mostrava a artista praticando sexo oral em um homem, rapidamente se tornou um dos tópicos mais comentados na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. No entanto, foi confirmado que o vídeo era um deepfake, embora muitos usuários tenham acreditado na veracidade das imagens.

A situação se complicou ainda mais quando legendas falsas associaram o homem no vídeo a William Guedes Sousa, apontado como um dos principais líderes do Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil. Sousa foi preso no dia 3 de julho, coincidindo com o período em que o nome de Mel Maia começou a ser envolvido na desinformação.

Para esclarecer os fatos, o jornal Folha de S. Paulo convocou dois peritos forenses para analisar as imagens. Mauricio de Cunto, um dos especialistas, identificou várias manipulações fraudulentas no vídeo. “Existem diferenças na velocidade entre os quadros do vídeo, mesmo em um trecho curto, o que causa um movimento antinatural dos olhos da personagem”, explicou Cunto. Ele também destacou que é difícil identificar detalhes do rosto que poderiam confirmar a identidade da pessoa no vídeo.

Outro especialista, Mario Gazziro, pesquisador da UFABC (Universidade Federal do ABC), sugeriu que o vídeo foi produzido utilizando aplicativos de troca de face, frequentemente usados para criar deepfakes de atrizes de Hollywood em filmes pornográficos. Esses aplicativos são alimentados por algoritmos de inteligência artificial que conseguem encaixar rostos de forma convincente em corpos de outras pessoas.

Mel Maia se pronunciou sobre o incidente em seu perfil no Instagram, negando categoricamente a veracidade do vídeo.

“Eu estou pouco me f*dendo. Todo mundo sabe que é um vídeo de inteligência artificial, mas todo mundo insiste em dizer que é real. Vocês acham que em sã consciência eu deixaria alguém fazer um vídeo meu desse? Povo já inventou que eu morri, que eu bati em fotógrafo, que eu cuspi em fã, já inventaram coisas aterrorizantes sobre mim. Já fizeram até montagem minha pelada. Estou no ramo desde os 5 anos. Desde os meus 5 anos de idade eu sou obrigada a ver barbaridades sobre mim na internet. Nada novo sob o sol. Vai ser assim agora, amanhã, até o fim da minha carreira. Estou vivendo a minha vida muito bem”, declarou a atriz.

Esse incidente reflete um problema crescente nas redes sociais: a disseminação de deepfakes e o impacto negativo que podem ter na vida das pessoas. Deepfakes são vídeos ou áudios falsos criados por inteligência artificial, que podem parecer extremamente reais. A tecnologia tem sido usada para diversos fins, desde entretenimento até fraudes e desinformação.

A proliferação de deepfakes levanta preocupações significativas sobre a privacidade e a segurança das pessoas, especialmente figuras públicas como Mel Maia. A facilidade com que esses vídeos podem ser criados e compartilhados nas redes sociais torna difícil combater a desinformação e proteger as vítimas. Além disso, a credibilidade das imagens e vídeos como provas visuais está sendo questionada, já que se torna cada vez mais difícil distinguir o que é real do que é falso.

Para Mel Maia, a propagação do vídeo falso é apenas o episódio mais recente em uma série de ataques de desinformação que ela tem enfrentado. A atriz tem utilizado suas plataformas sociais para denunciar esses casos e alertar seus seguidores sobre os perigos da disseminação de informações falsas. No entanto, a batalha contra a desinformação e os deepfakes é um desafio contínuo que requer a cooperação de empresas de tecnologia, autoridades e o público em geral.

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