Sócio de casa de show é acusado de estuprar ex e assediar funcionária
Um empresário de 46 anos, sócio de uma casa de shows localizada no Polo JK, em Santa Maria, é acusado de agredir e estuprar a ex-companheira e cometer assédio sexual contra uma funcionária do estabelecimento.
O caso de agressão e de estupro foi comunicado pela ex-namorada do suspeito à Polícia Civil do DF no início deste mês. Ela, que tem 24 anos, conta que começou a namorar o homem em maio de 2021 e em agosto de 2022, passaram a viver em união estável.
Segundo a vítima, o empresário demonstrava ser ciumento e controlador desde o início do relacionamento. O homem teria incentivado a então companheira a largar os estudos e a pedir demissão do emprego onde trabalhava, supostamente para mantê-la dependente dele no âmbito financeiro.
Ainda de acordo com a mulher, o autor a chamava de “puta” e de “garota de programa”, até mesmo na frente de pessoas conhecidas.
Sexo à força
O empresário teria forçado relações sexuais por diversas vezes, conforme depoimento da ex-namorada à PCDF. Segundo a jovem, ele aproveitava os momentos em que ela estava dormindo e a penetrava à força. Em abril de 2023, durante uma discussão, o homem teria agarrado a garota e também forçado penetração. Ela diz que tentou se desvencilhar e acabou machucando o nariz, causando sangramento.
A mulher colocou um ponto final à união em maio de 2023, quando o suspeito teria lhe empurrado e lhe apertado braços, pernas e pescoço. Ela conta que o empresário teria tentado convencê-la a não registrar denúncia.
A ex-companheira diz que, atualmente, o empresário costuma rondar uma distribuidora de bebidas em Valparaíso de Goiás (GO) onde o atual namorado dela trabalha. Ele também estaria circulando nos arredores do local de trabalho dela, em uma instituição pública do município goiano.
Encoxada em funcionária
A outra denúncia contra o indivíduo partiu de uma ex-funcionária do estabelecimento no qual ele é sócio, em Santa Maria. Ela explicou à PCDF que trabalhou na casa em janeiro de 2023, quando tinha apenas 18 anos.
Pouco tempo depois de ingressar na empresa, a vítima começou a sofrer assédio do chefe. Ela acusa o homem de passar a mão em suas coxas e na cintura, encoxá-la e chamá-la de “gostosa”.
A jovem diz, ainda, que o empresário a obrigava a ir trabalhar com roupas curtas e sensuais, e costumava amedrontá-la quando ela não obedecia a ordem.
Essa situação durou um ano e, à época, a jovem não denunciou às autoridades por medo de perder o emprego. Pouco tempo depois, a vítima engravidou e foi demitida.
Assim como a ex-namorada do acusado, a ex-funcionária diz que ele mandou mensagens se desculpando e pedindo que ela não o denunciasse. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga ambos os casos.