Polícia

Subtenente da reserva do Exército é preso por fornecer munições ao crime organizado

Um subtenente da reserva do Exército foi preso na tarde de terça-feira (27/08) em Osasco, na Grande São Paulo, sob suspeita de fornecer munições de guerra para o crime organizado no Rio de Janeiro. O nome do oficial não foi divulgado.

A prisão foi resultado de uma investigação da Delegacia de Arujá, iniciada em janeiro de 2023 após a apreensão de mais de três mil munições de fuzil calibre 7.62 com duas mulheres, identificadas como “mulas”. As mulheres foram detidas em um ônibus no pedágio de São Paulo, a caminho do Rio de Janeiro, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Durante mais de um ano, a Polícia Civil monitorou o subtenente, o qual foi localizado e preso ao chegar na residência da namorada. Armas e munições foram encontradas no local. O delegado Jaime Pimentel, da Delegacia de Arujá, afirmou que o oficial usava um Renault Kicks vermelho para transportar as munições.

“Identificamos que o ‘Coroa’ de São Paulo, mencionado nas mensagens das mulas, era o subtenente reformado”, explicou Pimentel.

O Comando Militar do Sudeste informou que o oficial está sob custódia da polícia do Exército, conforme a prerrogativa das Forças Armadas de manter militares presos em organização militar.

Modus Operandi

A investigação revelou que o subtenente utilizava um posto de combustíveis como ponto de encontro para entregar as munições. O delegado Pimentel detalhou que as munições eram entregues a intermediários, que as repassavam para criminosos no Rio de Janeiro. A Delegacia de Arujá está apurando se as munições eram destinadas ao Comando Vermelho, milícias ou outras facções.

Outro aspecto da investigação é a origem das munições. O delegado Pimentel indicou que elas podem ter sido recondicionadas ou desviadas de cargas, incluindo de estandes de tiro ou do próprio Exército.

A Delegacia de Arujá pretende solicitar a prisão preventiva do subtenente e das duas mulheres presas no ano passado, agora oficialmente acusados de formar uma associação criminosa. As investigações continuam em colaboração com as polícias do Rio de Janeiro e do Exército.

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