Polícia

Mafioso italiano fecha acordo e vai delatar sobre PCC e CV

O italiano suspeito de ser a principal ligação do tráfico de drogas da América do Sul com a máfia ‘Ndrangheta, assinou um acordo de colaboração com a Justiça da Itália para entregar informações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), sobre o Comando Vermelho (CV) e as três famílias que integram sua máfia. A informação foi publicada pelo Estadão nesta quinta-feira, 25.

A delação de Vincenzo Pasquino, de 34 anos, pode provocar efeitos semelhantes aos sofridos pela máfia siciliana Cosa Nostra nos anos 1980, com as revelações feitas por Tommaso Buscetta. Assim como Buscetta, Pasquino foi preso no Brasil. Foi na Penitenciária Federal de Brasília, em 2023, que ele admitiu pela primeira vez seu envolvimento com atividades criminosas.

Em 6 de junho, o chefe da Direção Nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália, procurador Giovanni Melillo, enviou um ofício ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, informando que Pasquino havia decidido delatar.

O colaborador, que está preso em Roma, contou aos procuradores que era integrante da ‘Ndrangheta desde 2011. Disse que era um “analfabeto” quando se ligou à ndrina Agresta de Volpiano, clã mafioso de origem calabresa que atua no Piemonte, norte da Itália.

Pasquino nasceu em Turim. Ali, se ligou aos albaneses, os quais reencontraria no Brasil, como Leart Gjimaraj, que havia sido preso com 15 quilos de cocaína e de maconha em 2014, escondidos em uma garagem em Turim.

Vida no Brasil – Pasquino veio para o Brasil em 2017 para trabalhar com o envio de drogas para a Itália. Estabeleceu-se primeiro no Paraná e, depois, mudou-se para São Paulo, após a prisão de outros mafiosos que atuavam em parceria com o PCC.

No Tatuapé, zona leste da capital, ele exercia a liderança da Sintonia do Tomate, que cuidava do tráfico transatlântico da facção, coordenando a logística de exportação da droga.

Com informações do Metrópoles

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