Ossada de jovem desaparecida em goiás, é encontrada em fazenda
Uma ossada foi encontrada enterrada em uma fazenda de Orizona, na região sul de Goiás, no dia 6 de julho, e segundo o laudo da perícia, divulgado pela Polícia Civil, os ossos são de uma jovem, identificada como Dayara Talissa Fernandes da Cruz, 21 anos, que estava desaparecida desde o dia 10 de março deste ano.
Dayara foi dada como desaparecida pelo companheiro Paulo Antônio Herberto Bianchini, no dia 25 do mesmo mês. Conforme o delegado, foram constatadas contradições no depoimento dele e, por isso, a polícia passou a considerá-lo suspeito de ter matado a mulher, ter ocultado o corpo dela e registrado o desaparecimento.
Em razão das suspeitas, a polícia tentou cumprir mandados busca e apreensão, além de prisão do suspeito no dia 24 de junho. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás. Em 1º de julho, o suspeito se entregou. Paulo está preso como principal suspeito do crime. As investigações indicaram que Dayara esteve com Paulo Bianchini na fazenda entre o final de fevereiro e 10 de março.
O advogado de Paulo Bianchini disse que apresentou seu cliente na delegacia de Vianópolis em 1º de julho, para colaborar com a Justiça. A defesa afirmou que rechaçará o que chamou de “incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima”.
Daniela da Cruz, irmã da vítima, disse que a família viajou de Mato Grosso a Goiás para prestar homenagens no local onde os ossos foram encontrados, em uma fazenda da cidade. Ela contou que, durante a ida até a fazenda, a família acendeu velas e rezou. “Hoje, dentre todo esse tempo, foi o único dia que vi meu pai chorando. Fomos aonde ela estava, acendemos velas para ela e rezamos um terço. É muito triste, ela estava em um lugar no meio do nada. É desumano”, contou a irmã.
Daniela contou, ainda, que Paulo disse aos familiares que havia deixado a jovem em uma rodoviária, mas posteriormente alterou sua versão diversas vezes, afirmando que ela tinha desaparecido de outros locais. Quando questionado pela família, o homem chegou a parar de responder e bloqueou o contato da mãe e da irmã de Dayara.
Segundo a irmã da vítima, Paulo era ciumento e violento durante o relacionamento. De acordo com ela, os dois chegaram a terminar no final de 2023, mas reataram no início deste ano.
“Ele era possessivo, ciumento e estressado. Eles viviam brigando, ela vivia cheia de hematomas pelo corpo”, relata.