Grandes obras, não, não apenas; mas governo que cuida das pessoas
Governador se emociona ao lembrar de suas origens do interior da Amazônia na inauguração de escola em São Sebastião do Uatumã
O governador Wilson Lima (União) repetiu ontem (16), no município de São Sebastião do Uatumã (AM), uma frase que há algum tempo vem utilizando para se mostrar diferente de seus antecessores.
Ali, ao inaugurar a primeira escola da floresta com motivação e vocação ambiental, ele repetiu:
“Me perguntam: ‘governador, como o senhor quer ser conhecido? qual sua obra mais importante? Eu digo: olha, a gente já entregou obras importantes e obras grandiosas, mas o nosso governo não quer ser conhecido pelas grandes obras’”, conta, para concluir, ressaltando.
“O nosso governo está trabalhando para ser reconhecido como um governo que cuida das pessoas”.
Mas o diferente é que a frase saiu num discurso entrecordado por momentos em que Wilson não conseguiu conter as lágrimas que chegaram a seus olhos e embargaram sua fala.
E, esses momentos em que mostrou seu envolvimento sentimental com a obra, aconteceram em duas ocasiões.
A primeira, quando lembrou de sua origem.
“Eu vim do interior e sou resultado da educação. Mas meu pai e minha mãe não tiveram acesso à educação e, eu sou muito grato a tudo o que eles puderam me dar”.
A segunda, quando contou a resposta que dá em viagens internacionais a quem lhe pergunta “o que fazer para preservar a Amazônia?”. Com lágrimas, ele conta a reposta: “primeiro a gente tem que proteger quem protege a floresta”.
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Envolvimento pessoal
Nesse sentido, a escola da floresta é considerada por pessoas mais próximas do governador como filha de suas angústias.
É como se ele estivesse encontrado uma solução para aquilo que não teve, enquanto criança do interior da Amazônia.
Markilze Pereira, secretária particular do governador, por exemplo, conta que por todos os países e eventos internacionais por onde passou, desde 2021, Wilson mostrou e deixou uma revista falando da Escola da Floresta.
“É projeto da vida do governador”, sintetizou Flávio Antony, secretário-chefe da Casa Civil, ao desembarcar no local, na companhia do governador.
Mas a ideia do governador não é tornar esse modelo de escola numa obra pública, apenas. Visitando a estrutura inaugurada, ele disse que articula e que já há empresas, como, por exemplo, a Eneva, que pretendem construir obras do gênero e adotá-las como sua.
“Não é uma coisa apenas da comunidade, do governo. Precisa ser de todos”, disse o governador.