Omar Aziz

Aziz está na lista dos monitorados pela ‘Abin paralela’ de Bolsonaro

Omar Aziz diz que sofreu perseguição durante os quatro anos do governo Bolsonaro e teve sua vida “devassada”, mas nada foi encontrado contra ele.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (11) mais uma operação para prender envolvidos na espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL), o esquema batizado de “Abin paralela”.

O relatório da corporação, que se tornou público junto com a operação, revelou que a Abin, comandada na época pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigou ilegalmente os senadores da CPI da covid, presidida por Omar Aziz (PSD).

No documento, a PF identificou ordens para levantar os “podres” dos três senadores da cúpula do colegiado: Omar Aziz. Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL).

A PF apurou que o policial federal Marcelo de Araújo Bormevet enviou mensagem a Giancarlo Gomes Rodrigues, ambos atuavam na Abin, dizendo que o “mestre” havia pedido para “consultar os processos judiciais dos três senadores patetas do circo”.

Os dois agentes foram presos operação desta quinta-feira, pois a PF entendeu que o “mestre” se referia a Ramagem.

Os servidores diretamente vinculados ao então diretor da Abin, delegado Alexandre Ramagem, valendo-se dos recursos públicos materiais e humanos da Agência Brasileira de Inteligência realizaram ação clandestina determinada pelo ‘mestre’ e pelo ‘chefe’ contra senadores da República para desestabilizar os trabalhos da CPI da Covid, diz um trecho do relatório.

As investigações indicam que Bolsonaro usou o aparato da Abin para atender a interesses pessoais, políticos e para perseguir adversários.

O que diz o senador

Em nota, Aziz disse que sofreu perseguição por quatro anos do governo Bolsonaro e teve sua vida “devassada”, mas nada foi encontrado contra ele.

“Foram quatro anos de perseguição, averiguação e análise da minha vida sem nada encontrarem. Porque não devo nada!”, disse o senador, para quem o episódio mostra que ele “escolheu o caminho do lado correto da história, dos que defendem a democracia e lutam pelo seu povo, apesar das adversidades”.

“Tive a vida devassada, fui acusado e atacado. E permaneci de cabeça em pé enfrentando os detratores e lutando por um Brasil e por um Amazonas melhor. Assim permanecerei”.

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