Polícia

Criminosa do golpe do amor, é presa pela terceira vez

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas solteiras no Brasil supera o número de pessoas casadas. Existem 81 milhões de solteiros e 63 milhões de casados. Como resultado, muitos desses solteiros recorrem a aplicativos de relacionamento em busca de conexões, novos relacionamentos e talvez até mesmo o amor verdadeiro. Embora essas plataformas facilitem a busca por um parceiro, infelizmente, muitos golpistas se aproveitam da necessidade afetiva e da vulnerabilidade de alguns usuários para aplicar golpes.

Na manhã da última quarta-feira, dia 26, uma mulher de 27 anos chamada Letícia Nicolau Gomes foi presa na cidade de Caraguatatuba, no litoral de São Paulo.

Esta é a terceira vez que Letícia é detida pela divisão antissequestro do Dope. Ela é conhecida como “Loira do Pix” e é acusada de participar de vários sequestros relacionados ao golpe do amor em aplicativos de relacionamento.

Letícia foi presa pela primeira vez no ano passado, mas recebeu prisão domiciliar e continuou cometendo crimes. Em fevereiro deste ano, ela foi novamente colocada atrás das grades, mas conseguiu uma liminar. A divisão antissequestro não descansou até capturar a criminosa novamente.

As investigações também levaram à prisão do marido dela, Pedro Henrique Gonçalves Vieira.

Como trabalhava a quadrilha do golpe?

Segundo a polícia, Letícia servia como isca para a quadrilha aplicar os golpes. Ela atraía homens em aplicativos de relacionamento, conversava com eles e marcava encontros em locais que, inicialmente, não levantavam suspeitas. Nas localidades combinadas, as vítimas acabavam sendo sequestradas.

A Loira do Pix tinha mais de 20 perfis em redes sociais. Seu ex-namorado, apontado como um dos líderes da quadrilha, foi preso no ano passado e teria sido ele quem convidou o atual parceiro da Loira para entrar no esquema. O rapaz acabou se tornando um dos líderes da organização criminosa, participando de vários sequestros. Segundo a polícia, o casal costumava ostentar nas redes sociais, vivendo uma vida de luxo conquistada com o dinheiro extorquido das vítimas.

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