Deputada cassada por usar verba pública foi atriz de Uga Uga
Na vida, todos têm um passado que não pode ser alterado. As escolhas feitas ao longo do caminho, sejam boas ou ruins, moldaram a pessoa que somos hoje.
A deputada federal bolsonarista Silvia Waiãpi (PL-AP), que teve o mandato cassado após ser acusada de usar verba pública da campanha de 2022 para fazer harmonização facial, fez sucesso na televisão antes de entrar para a carreira política.
Entre os anos 2000 e 2017, Silvia Waiãpi trabalhou em programas de TV e minisséries. Ela ficou conhecida por sua participação na novela “Uga Uga”, escrita por Carlos Lombardi, que fez muito sucesso no início dos anos 2000.
Além de “Uga Uga”, Silvia também atuou em outras produções televisivas, como as minisséries “A Muralha” (2000), “A Cura” (2010) e “Dois Irmãos” (2017).
Antes de ingressar na política, Silvia Waiãpi foi atleta do Clube Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e em 2011 tornou-se a primeira indígena a fazer parte do Exército. De 2018 a 2022, ocupou o cargo de secretária de Saúde Indígena no governo federal. No ano passado, seu nome foi incluído em um inquérito que investiga atos golpistas no Distrito Federal.
No último dia 19, Silvia Waiãpi teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP). Os desembargadores rejeitaram a prestação de contas da parlamentar, que teria utilizado verba pública da campanha de 2022 para realizar uma harmonização facial. Ainda é possível recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou Silvia Waiãpi por gastar R$ 9 mil dos recursos destinados à campanha em procedimentos estéticos realizados em um consultório odontológico em Macapá, capital do Amapá.
Silvia Waiãpi, deputada indígena e apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), obteve 5.435 votos (1,28%) e foi eleita por média.