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Ludmilla é acusada de intolerância religiosa após show no Coachella; assista

Ludmilla foi acusada de intolerância religiosa devido a uma imagem exibida no telão de seu show no Coachella no domingo (21). Durante sua apresentação no festival norte-americano pelo segundo fim de semana consecutivo, uma frase no cenário gerou críticas à artista. “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”, dizia um grafite em certo momento da performance.

“Tranca Rua” é uma expressão que se refere a um conjunto de entidades espirituais de religiões de matriz africana, como a Umbanda e a Quimbanda. A artista utilizou o Twitter para se defender das críticas dos internautas e explicar a verdadeira intenção por trás da imagem.

Após a repercussão negativa, a cantora se defendeu através do seu perfil no X, antigo Twitter. Leia a nota na íntegra: “Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do video do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha. Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela. Meu show começa com uma mensagem muito explícita , que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetizações, sem representações caricatas, uma denúncia sobre o real. Estou aqui pelo que é real e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja! Termino meu show com o céu tomado de pipas douradas, que representam a esperança que eu quero plantar no coração de todos que lidam com essa realidade! Esse vídeo foi feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periferica, para que tivesse um olhar de dentro para fora! Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas.”

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