Saúde

Cientistas alertam: gripe aviária pode ser a próxima pandemia

Recentemente, autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia de todo o globo tem expressado crescente preocupação em relação à possibilidade do vírus da gripe aviária, especialmente o H5N1, ser o desencadeador da próxima pandemia mundial.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 18, o cientista-chefe da OMS, Jeremy Farrar, ressaltou que o monitoramento dos casos de gripe aviária está sendo intensificado, devido ao aumento significativo de mamíferos afetados pelo vírus.

“A grande preocupação reside na possibilidade de transmissão do vírus entre humanos. Devemos estar preparados e garantir acesso equitativo a vacinas eficazes, caso o H5N1 adquira essa capacidade de transmissão”, alertou Farrar.

No mesmo dia, durante uma conferência de imprensa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o diretor Jarbas Barbosa também expressou preocupação com a disseminação da gripe aviária. “Embora os casos em humanos ainda sejam ocasionais, geralmente ocorrendo entre trabalhadores diretamente expostos às aves, é essencial monitorar de perto a expansão do vírus e nos prepararmos para combatê-lo, caso necessário”, afirmou.

Barbosa destacou que a transmissão interespécies é resultado das mudanças climáticas e do avanço da ocupação humana em habitats selvagens. “É o contato constante e essas mudanças, resultantes do nosso impacto ambiental, que estão aumentando essas possibilidades”, explicou.

Um estudo conduzido por cientistas europeus, a ser apresentado no sábado, 27, em Barcelona, Espanha, revelou que 57% dos infectologistas entrevistados acreditam que um vírus da gripe, como o H5N1, será responsável pela próxima pandemia global. A pesquisa entrevistou 187 infectologistas de 57 países diferentes, que também destacaram outras preocupações, como doenças desconhecidas e novos coronavírus.

A gripe aviária, causada pelo vírus Influenza A, subtipos H5N1, H5N8, H7N9 ou H9N2, é uma doença que afeta principalmente aves, mas tem apresentado casos em mamíferos e humanos, elevando a preocupação global com a sua propagação. Embora em humanos diagnosticados até agora, a H5N1 tenha gerado formas assintomáticas ou leves da infecção, as modificações sutis do vírus em mamíferos têm aumentado a apreensão em relação à sua potencial disseminação.

Com informações do Metrópoles

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